PS questiona PSD se quer aumentar défice e dívida ou cortar na despesas
O líder parlamentar do PS defendeu hoje a legitimidade da maioria absoluta socialista, dizendo ser escolha dos portugueses e não resultado de um sorteio, e questionou o PSD se vai querer aumentar o défice e a dívida.
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Política OE2023
Estes foram dois dos pontos centrais da intervenção de Eurico Brilhante Dias no final da primeira ronda do debate sobre política geral na Assembleia da República.
"Esta maioria absoluta não saiu num sorteio. É a vontade dos portugueses", declarou o presidente da bancada socialista", que ainda deixou mais um recado às várias forças da oposição ao dizer que não tem vergonha de liderar um grupo parlamentar com 120 deputados na Assembleia da República.
Com estes reparos, o presidente do Grupo Parlamentar do PS advogou a tese de que os portugueses escolheram um caminho nas últimas eleições legislativas e, nesse sentido, o mandato dos deputados dos socialistas se destina sobretudo a cumprir o programa pelo qual foram eleitos.
"Esta maioria absoluta estará sempre disponível para o diálogo. Mas não vão impor à maioria a opinião da minoria", advertiu.
Depois, Eurico Brilhante Dias visou sobretudo a linha económico-financeira seguida agora pelo PSD, designadamente em matéria de aumentos das pensões para 2023.
Perante a posição do PSD de defender para o próximo ano aumentos das pensões em linha com a inflação esperada para 2022, entre os sete e os 8%, o líder da bancada socialista dirigiu-se diretamente ao seu homólogo social-democrata e perguntou-lhe como pretendem compensar esse acréscimo de despesa.
"No Orçamento do Estado para 2023 vão apresentar propostas de compensação do lado da receita, aumentando impostos, ou vão identificar cortes na despesa? Ou será que o PSD vai defender pela primeira vez que Portugal aumente o défice e a dívida em 2023?", perguntou o presidente da bancada socialista.
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