PCP condena "pressões e ingerências externas" na Bolívia
O PCP emitiu hoje uma nota de solidariedade "para com o povo da Bolívia", condenando as ações "fomentadas por inaceitáveis pressões e ingerências externas" que colocam "em causa a legitimidade das eleições" que deram a vitória a Evo Morales.
© Reuters
Política PCP
No documento, os comunistas explicam que "perante a violência e desestabilização golpista desencadeadas pelas forças reacionárias na Bolívia", manifestam a sua "solidariedade para com o povo boliviano e sublinha a necessidade do respeito pela vontade popular, democraticamente expressa pelo voto".
"O Governo português deve expressar o apoio às iniciativas que o presidente e governo da Bolívia estão a encetar no sentido de defender a democracia, o respeito pela vontade popular expressa nas urnas e a ordem constitucional do Estado Plurinacional da Bolívia", pode ler-se no comunicado enviado à agência Lusa.
De acordo com o PCP, as ações "fomentadas por inaceitáveis pressões e ingerências externas, visam dividir os bolivianos e colocar em causa a legitimidade das eleições, a imparcialidade dos órgãos eleitorais competentes e o normal funcionamento das instituições".
"Tais intentos, que nada têm que ver com uma pretensa defesa da democracia ou transparência, têm como verdadeiro objetivo desrespeitar a expressão da vontade popular e derrotar o processo de afirmação soberana, de progresso social e de emancipação em curso na Bolívia", prossegue o texto.
Evo Morales reivindicou, no dia 24 de outubro, a vitória das eleições presidenciais à primeira volta, ao assegurar que obteve mais de dez pontos percentuais do que Carlos Mesa.
Contudo, a oposição boliviana acusa Morales de ter sido reeleito com recurso à fraude.
Desde essa altura têm-se registado confrontos entre apoiantes e opositores de Evo Morales e com as forças de segurança.
Ainda hoje, os apoiantes do presidente da Bolívia bloquearam a chegada à capital, La Paz, de Luis Fernando Camacho, um dirigente da oposição que foi devolvido de avião à sua cidade natal pelas autoridades, no meio de protestos.
Na sexta-feira, a polícia usou gás lacrimogéneo e balas de borrachas contra os manifestantes que marchavam em direção ao palácio presidencial, e que atearam fogo em barricadas durante os confrontos.
No poder desde 2006, o socialista Evo Morales pretende assumir um quarto mandato, no período entre 2020 e 2025.
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