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Alienação de capital social da Azores Airlines "é ganho para a empresa"

A secretária dos Transportes dos Açores disse hoje ser importante que a alienação do capital social da Azores Airlines, do grupo SATA, ocorra "com a maior transparência possível" e considerou que a concretizar-se será um "ganho para a empresa".

Alienação de capital social da Azores Airlines "é ganho para a empresa"
Notícias ao Minuto

18:32 - 28/11/17 por Lusa

País Governo Regional

"Vejo isto como um ganho para a empresa, na medida em que o que se pretende é dotar a empresa dos meios necessários, financeiros e operacionais, para cumprir aquilo que é o seu objeto", afirmou Ana Cunha, na Horta, ilha do Faial, onde hoje prossegue o debate sobre as propostas de Plano e Orçamento regionais para 2018.

A governante respondia ao deputado do BE António Lima, ocasião em que salientou não se tratar de uma privatização, mas a alienação de parte do capital social da operadora que assegura as ligações para fora do arquipélago.

Quando interpelada pelo deputado do PSD António Viveiros sobre a forma dessa alienação e a hipótese de concurso público, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas adiantou que "se aparecerem interessados, deveremos seguir um processo, se não aparecerem, será outro".

"O que é importante é que o processo ocorra com a maior transparência possível", defendeu.

António Viveiros pediu ainda garantias de que os constrangimentos registados no último verão na operação da SATA Air Açores, que faz as ligações entre as ilhas, não voltem a acontecer, tendo Ana Cunha declarado que, "com constrangimentos ou sem constrangimentos haverá que, no planeamento da próxima época, adequar a oferta à procura", o que será um "desafio para a companhia com os meios de que dispõe".

O líder parlamentar do CDS-PP, Artur Lima, acusou o PS e o Governo Regional de fazerem "uma política de destruição da SATA e não de ajuda à SATA e à mobilidade dos açorianos", considerando que os "constrangimentos dos açorianos não poderem viajar no verão", como sucedeu em 2016 e repetiu-se em 2017, foi "manifesta incompetência" da transportadora e do executivo.

Artur Lima questionou ainda Ana Cunha sobre quantos aviões A310 tem a SATA a voar neste momento e se "acha normal que um avião A330 faça dois voos por dia".

A secretária regional respondeu que dos A310 "os três estão a voar", enquanto o A330 "faz três voos por semana para Toronto, que é onde o avião se torna mais rentável".

O centrista Artur Lima perguntou se "voar três vezes por semana é rentabilizar um avião", classificando esta situação como "má gestão".

O deputado socialista José Ávila declarou que o seu grupo parlamentar "concorda com a política da manutenção da maioria do capital social da Azores Airlines e também concorda em manter na esfera pública a totalidade do capital da SATA Air Açores".

"Estas ligações inter-ilhas representam a expressão máxima da coesão territorial, é difícil imaginar a vida nestas ilhas sem uma empresa como a SATA", sustentou José Ávila, destacando igualmente a importância da Azores Airlines nas viagens para o continente ou para os Estados Unidos e Canadá, onde as comunidades açorianas têm maior expressão.

José Ávila advertiu, por outro lado, que quando, "mesmo a nível político, se fala desta empresa em termos depreciativos", a SATA "fica muito exposta", pois está num "mercado cada vez mais concorrencial".

Em setembro, o presidente do executivo açoriano, o socialista Vasco Cordeiro, disse, no âmbito de uma interpelação do PPM sobre o "caos" na transportadora, que a eventual abertura do capital social da Azores Airlines era "algo que o Governo Regional vem encarando já há bastante tempo", adiantando ter tido contactos com alguns interessados.

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