Hospitais militares estão a funcionar sem consultas de especialidade asseguradas
O presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS) denunciou, esta sexta-feira à agência Lusa, que se vive um quadro de confusão instalada nos hospitais militares, com várias especialidades a transitar de uns para outros, sem que os serviços estejam assegurados.
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País Sargentos
António Lima Coelho referiu que especialidades como otorrinolaringologia, oftalmologia e cardiologia foram encerradas no hospital de Santa Clara (Marinha) e transitaram para a Estrela (Exército), mas que, neste hospital, os militares estão a ser confrontados com a ausência de marcação de consultas e de médicos.
"Tenho várias queixas de camaradas, como, por exemplo, a de uma consulta marcada para hoje em Santa Clara [de cardiologia], quando o médico dessa especialidade já não estava lá. Ontem tinham médico [de cardiologia] e hoje de manhã já não tinham", declarou.
O dirigente associativo adiantou que esse militar foi encaminhado para a Estrela, mas que aí ainda não há "agendas definidas, nem consultas marcadas".
"Este processo da fusão dos hospitais [no Lumiar] foi para ser tratado em dois anos e de repente estamos a ver coisas feitas atabalhoadamente e a correr, apenas para cumprir objectivos sem salvaguardar questões fundamentais, são situações estranhas e que afectam militares no activo e em efectividade de funções", salientou.
Lima Coelho defendeu que, "se há serviço que deve ter estabilidade e sensibilidade nos tratamentos, é a saúde".
"A saúde não se compadece com este tipo de situações, não nos opomos à fusão dos serviços e sempre a defendemos em sectores como a educação e a saúde, mas tudo deve ser feito salvaguardando as condições".
"Não podemos deixar as pessoas num limbo", advertiu o líder da ANS.
O Hospital das Forças Armadas vai ficar sediado no Lumiar (antigo Hospital da Força Aérea) e deverá estar em funcionamento em 2014, estando previsto o encerramento dos polos da Estrela (Exército), Santa Clara (Marinha) e Belém (Força Aérea).
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