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"O melhor de Portugal são os portugueses"

Em entrevista ao Jornal de Notícias, D. Manuel Clemente, que na próxima semana será investido como Cardeal, fala sobre fé, economia e política. Veja o essencial da conversa do Bispo de Lisboa.

"O melhor de Portugal são os portugueses"
Notícias ao Minuto

07:44 - 08/02/15 por Notícias Ao Minuto

País D. Manuel Clemente

D. Manuel Clemente aborda este domingo, em entrevista ao JN, algumas das questões da atualidade. Numa altura em que está prestes a ser investido como Cardeal, o Bispo não deixa de abordar algumas das mais prementes questões dentro da sociedade portuguesa.

Sobre a crise, que muitas fraturas deixou na sociedade, instado a responder sobre o papel das instituições, dizendo que estas são fortes, D. Manuel Clemente frisa que o “melhor de Portugal são os portugueses”.

“Em relação ao exercício da Justiça em Portugal, com todas as dificuldades que tem, até por essa conflituosidade que em muitos casos é forte, não posso deixar de valorizar, em geral, o papel da magistratura e a independência que o poder judicial tem demonstrado”, explica o futuro cardeal de Lisboa

Porém, D. Manuel Clemente não foge às questões primárias e, claro está, tinha, por isso, de falar sobre a detenção de Sócrates. Sobre este episódio, o Bispo refere que este é um episódio que o entristece, “não só por a pessoa estar presa, mas por ser um ex-primeiro-ministro”, mas inibe-se de fazer qualquer comentário. “Se ficar absolvido [José Sócrates], é porque não havia razão para estar na situação em que está”, refere apenas.

Relativamente à crise económica e financeira, destaca Clemente que a sociedade precisa de instituições fortes, servindo estas de amparo aos cidadãos, e atribui ‘culpas’ ao mundo financeiro pelo que se passou.

“O sistema financeiro [é quem manda], mas não mandou. Desmandou, no final da década anterior, e provocou uma crise financeira de rutura que teve uma repercussão económica tristíssima”, atira D. Manuel Clemente, afirmando que há uma “desconexão entre o mundo político e o mundo económico e financeiro”, explicando que “este é um dos gravíssimos problemas” que temos de resolver enquanto sociedade.

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