Em declarações à RTP em Monte Gordo, no Algarve, onde está a gozar férias, Marcelo Rebelo de Sousa rejeitou a existência de um confronto com o executivo, afirmando que "passa os dias a promulgar leis do Governo" porque considera que quem governa "deve ter condições para governar".
O chefe de Estado defendeu que o Governo, suportado por uma coligação que "ainda por cima não tem maioria absoluta", não deve ter um Presidente da República "preocupado em criar problemas". Porém, notou que "a função do Presidente não é de fazer de morto" e que "tem que estar atento àquilo que se passa".
Marcelo Rebelo de Sousa disse também que os governos minoritários têm sido a sua "especialidade" porque desde que tomou posse "só teve um Governo maioritário durante um ano e meio".
O Presidente da República foi ainda questionado pela reforma à lei laboral proposta pelo executivo, mas reafirmou que dará a sua opinião apenas quando receber o diploma depois de ser discutido na Assembleia da República.
"Tem-se falado de dois ou três (artigos), que foi o problema do luto e depois o da amamentação, tudo o resto não foi falado, mas, aparentemente, aquilo que o Governo diz é que ainda está numa fase de audição, de consultas, e depois vai discutir com os partidos parlamentares", disse ainda.
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