Parto ocorrido na via pública? Ordem dos Médicos pede esclarecimentos

A Ordem dos Médicos (OM) pediu hoje esclarecimentos ao Ministério da Saúde, à Direção Executiva do SNS e ao INEM sobre um parto ocorrido na via pública, para "apurar em detalhe" as circunstâncias do caso, que considera "inadmissível".

Carlos Cortes, bastonário, Ordem dos Médicos

© Carlos Pimentel/Global Imagens

Lusa
12/08/2025 16:18 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Ordem dos Médicos

A OM refere em comunicado que tomou conhecimento da situação de uma mulher que teve o bebé numa rua do Carregado, no concelho de Alenquer, expressando "votos sinceros de plena recuperação e bem-estar para a mãe, o recém-nascido e a respetiva família".

 

Adianta que, "de forma responsável", solicitou esclarecimentos às três entidades, "com o objetivo de apurar em detalhe as circunstâncias que conduziram a este desfecho e de avaliar eventuais falhas ou necessidades de melhoria no acesso e na capacidade de resposta da linha SNS 24 e dos serviços de saúde".

"Esta situação é inadmissível e é fundamental perceber exatamente em que circunstâncias ocorreu", defende a OM, esclarecendo que o seu propósito "é garantir que, no futuro, situações semelhantes possam ser prevenidas".

Para isso, o bastonário da OM, Carlos Cortes, defende "ser indispensável conhecer todos os factos e circunstâncias que estiveram na sua origem".

"A segurança e a dignidade das pessoas, das grávidas e seus filhos têm de estar sempre em primeiro lugar", realça o bastonário, citado no comunicado.

A Ordem dos Médicos reafirma o seu empenho em assegurar a qualidade dos cuidados e a defesa dos direitos dos doentes, comprometendo-se a promover soluções que garantam cuidados seguros, atempados e humanizados para todos, prevenindo que ocorrências desta natureza se repitam, independentemente das causas.

Governo pede abertura de inquérito a caso de mulher que deu à luz na rua

Governo pede abertura de inquérito a caso de mulher que deu à luz na rua

Grávida era uma doente de risco, por já não ter um rim. Apesar disso, quando começou a sentir contrações e a família ligou à linha de Saúde 24, em vez de enviarem uma ambulância, pediram-lhe para ir de carro.

Carolina Pereira Soares com Lusa | 13:48 - 12/08/2025

A ministra da Saúde já solicitou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde a abertura de um processo de inquérito ao caso, para investigar os factos relativos à assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como à assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida.

Contactado pela agência Lusa, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirmou que a Central 112 encaminhou a chamada de socorro, tendo a mesma sido atendida pelo CODU às 10h29.

O CODU ativou para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Alenquer, às 10h33, e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Torres Vedras, às 10h37, dado que a de Vila Franca de Xira estava empenhada noutra ocorrência.

Quando os bombeiros chegaram ao local, o bebé já tinha nascido, disse à Lusa o comandante dos bombeiros de Alenquer, Daniel Ribeiro, assegurando que "nunca esteve em causa a assistência" e que a mãe e o recém-nascido foram avaliados e "estavam bem".

Leia Também: Governo pede abertura de inquérito a caso de mulher que deu à luz na rua

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas