Mulher dá à luz na rua. Pediu ambulância, disseram-lhe para ir de carro

Grávida era uma doente de risco, por já não ter um rim. Apesar disso, quando começou a sentir contrações e a família ligou à linha de Saúde 24, em vez de enviarem uma ambulância, pediram-lhe para ir de carro.

Mulher dá à luz na rua no Carregado

© Comissão de Moradores do Carregado/Facebook

Tomásia Sousa
12/08/2025 13:05 ‧ há 6 horas por Tomásia Sousa

País

Grávida

Uma mulher de 28 anos deu à luz na segunda-feira em plena via pública, no Carregado, com a ajuda dos pais. Quando começou a sentir contrações, a família ligou para a Saúde 24, mas foi-lhes aconselhado que fossem até ao hospital de carro, apesar de se tratar de uma doente de risco.

 

Conta o Correio da Manhã que tudo aconteceu pelas 9h00 de ontem quando Soraia, que estava grávida de 40 semanas e cinco dias, estava numa pastelaria com os pais e começou a ter contrações.

A família telefonou para a linha de Saúde 24 mas, apesar de ser considerada uma doente de risco por já não ter um rim, foi-lhes dito que fossem até ao hospital de carro, por ser mais rápido. Foi então que os pais da grávida tentaram ligar ao 112, que demorou a atender. Quando finalmente chegaram à fala com um técnico, este falava em inglês.

A mulher acabou por dar à luz no passeio, com a ajuda dos pais e, pouco depois, acorreram ao local uma enfermeira e um médico que viviam ali perto. 

Quando os bombeiros chegaram ao local, o parto já tinha ocorrido. Segundo a SIC, os Bombeiros Voluntários de Alenquer chegaram pelas 10h38, tendo assistido a mãe e o bebé, que se encontravam bem. Pouco depois, chegou uma viatura médica de Torres Vedras.

Mãe e filho foram depois transportados para o Hospital de Santarém.

A jovem, que estava a ser seguida no Centro de Saúde de Alenquer, pediu para passar para passar para a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, poucas semanas antes do parto. O pedido terá sido recusado, segundo a mãe da mulher, porque a médica "tinha muitas grávidas em fim de gestação e não tinha para onde as mandar".

Governo pede abertura de inquérito

Entretanto, o Ministério da Saúde afirmou esta terça-feira que pediu a abertura de um inquérito à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ao caso.

"O procedimento foi já determinado pelo Inspetor-Geral das Atividades em Saúde para investigar os factos relativos à assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como à assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida", referiu o Ministério da Saúde em comunicado.

A mulher de 28 anos deu à luz na segunda-feira em plena via pública, no Carregado, com a ajuda dos pais.

Leia Também: Jovem entra em hospital de Mirandela com dores nas costas e dá à luz

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