Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 21º

Apelo à importância de diagnóstico precoce do cancro de mama

O presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) defendeu hoje a importância da realização de rastreios do cancro da mama, que permitem diagnosticar este tipo de tumor numa fase precoce.

Apelo à importância de diagnóstico precoce do cancro de mama
Notícias ao Minuto

15:39 - 30/09/14 por Lusa

País LPCC

"É necessário diagnosticar os casos de cancro da mama numa fase muito precoce, quando nem sequer são palpáveis: quando a mulher e o médico não palpam qualquer nódulo. E isso só é possível detetar através da realização de uma mamografia e, eventualmente, uma ecografia", explicou.

De acordo com Carlos Oliveira, se for detetado um tumor com 5 milímetros ou menos de 1 centímetro, na maior parte dos casos, conseguem-se "sobrevivências acima dos 80 por cento aos cinco anos em mulheres atingidas por esta doença".

"Se este tumor for detetado porque a mulher palpou e tem três centímetros, provavelmente a sobrevivência decai para cerca de 50 por cento", acrescentou.

Para o médico, o diagnóstico precoce tem "um impacto muito grande na mortalidade do cancro de mama".

"Estamos a falar de diferenças muito significativas: quando se deteta o tumor da mama não palpável, em cada 100 mulheres há pelo menos 85 que sobrevivem. Se o tumor for detetado porque a mulher o palpou, a sobrevivência em cada 100 mulheres é de 50", evidenciou.

O rastreio permite "não só detetar o tumor quando ainda tem dimensões muito reduzidas", como permite "sinalizar lesões que são precursoras de um cancro da mama".

"Neste mês, dedicado à prevenção do cancro da mama, o nosso grande objetivo é divulgar o rastreio dirigido a mulheres entre os 45 e os 69 anos, com a realização da mamografia de dois em dois anos", informou.

Para sábado, está agendada a iniciativa "Pequenos Passos, Grandes Gestos", que pretende "estimular as mulheres a participarem em rastreios".

"Vamos ter caminhadas em sete capitais de distrito da região centro. Como não há forma de fazer prevenção primária no cancro de mama, temos de apelar à prevenção secundária, com o rastreio, que, neste momento, tem evidência científica e comprovados benefícios para as mulheres", defendeu.

Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu são as cidades por onde passa esta grande campanha de sensibilização para a prevenção e deteção precoce do cancro da mama.

O presidente do Núcleo Regional do Centro da LPCC avançou ainda que o cancro da mama tem vindo a aumentar progressivamente, provavelmente relacionado com o envelhecimento da população, mas também com os estilos de vida.

"Prevê-se que em Portugal, no ano de 2030, se verifique um aumento da incidência do cancro da mama na ordem dos 20 a 25 por cento em relação aos dados atuais. Portanto, cada vez vamos ter mais cancros da mama", realçou.

A incidência do cancro da mama em Portugal é de "cerca de 80 novos casos por cada 100 mil mulheres, por ano".

"Temos mais de 5 mil novos casos de cancro da mama por ano em Portugal, mas felizmente temos um número muito grande de sobreviventes. Hoje em dia, há mulheres vivas que estão bem e que tiveram cancro de mama há 5, 10, 15, 20 anos", concluiu.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório