Um homem de 21 anos foi detido, fora de flagrante delito, por suspeitas de ser o presumível autor de um incêndio urbano que ocorreu na freguesia de Campo de Gerês, em Terras de Bouro, distrito de Braga, revelou a Polícia Judiciária (PJ), esta segunda-feira, 7 de julho, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
De acordo com os inspetores, o crime ocorreu no sábado, dia 5 de julho, num restaurante ao qual o homem se dirigiu "visivelmente alterado".
"De forma gratuita", conta ainda a PJ, o suspeito terá "partido diversos vasos e outros objetos, ao mesmo tempo que ameaçava a proprietária".
Chamada ao local, a Guarda Nacional Republicana (GNR) colocou o homem fora do estabelecimento, facto que não o impediu de regressar, minutos depois, já munido de um "bidão com líquido inflamável, presumivelmente gasolina", que derramou na parte traseira do estabelecimento, junto à zona da esplanada, ateando-lhe fogo com recurso a chama direita.
Segundo os inspetores, o incêndio colocou em "grave perigo" o espaço em causa, assim como as habitações contíguas. Porém, não provocou danos de maior relevo, devido à pronta intervenção dos proprietários e dos elementos da GNR, alertados para o novo incidente.
O homem, que já foi condenado por outros crimes – de violência doméstica, arma proibida e ofensas à integridade física –, foi, entretanto, presente às autoridades judiciárias competentes, para primeiro interrogatório judicial. Após ser ouvido, acabou por sair em liberdade, com "medidas de coação não detentivas".
Segundo o jornal O Minho, o incêndio foi ateado ao princípio da madrugada de sábado, no restaurante Chamadouro Bar, na Rua da Geira, da aldeia típica do Campo do Gerês, alegadamente por a proprietária do estabelecimento negar-se a servir bebidas alcoólicas ao jovem.
Sabendo que o jovem tem problemas de consumo de álcool, tendo sido recentemente sujeito a um tratamento ao alcoolismo, a comerciante terá negado servir-lhe uma bebida, que terá levado o indivíduo a atear fogo ao espaço.
Ainda segundo O Minho, na zona impera o clima de medo. A população teme que se repitam situações do género, uma vez que não é a primeira vez que há desacatos pelos mesmo tipo de motivos, em Campo do Gerês.
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