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Teremos sempre... Lisboa? Zelensky veio a Portugal reforçar "parceria"

O presidente da Ucrânia reuniu-se com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Teremos sempre... Lisboa? Zelensky veio a Portugal reforçar "parceria"

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou Portugal, na terça-feira, e reuniu-se com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe do governo ucraniano esteve em Lisboa apenas seis horas, mas foi o suficiente para obrigar a um reforçado aparato de segurança, principalmente nas zonas do palácio de São Bento e do palácio de Belém, palcos das referidas reuniões, em Lisboa.

Eram cerca das 14h50 quando Zelensky aterrou no aeroporto militar de Figo Maduro, onde o esperavam Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa, que o cumprimentou efusivamente, tal como já aconteceu no passado com outros líderes estrangeiros que visitam Portugal.

Lá, rodeados por muitos membros das forças de segurança, cantaram o hino nacional numa breve cerimónia, na qual participou também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e o ministro da Defesa, Nuno Melo.

Depois, o presidente ucraniano rumou a São Bento, onde participou numa reunião com Montenegro, Rangel e Melo. Portugal comprometeu-se a ajudar Kyiv com pelo menos 126 milhões de euros em apoio militar, num acordo que se alongará por dez anos.

"Estamos empenhados em contribuir para a reconstrução da Ucrânia. Estamos perante um combate que, sendo travado na Ucrânia, é um combate de todos nós: É o combate da liberdade, da democracia e de uma clara rejeição do uso da força, ou da utilização da lei do mais forte para resolver disputas internacionais", disse o primeiro-ministro aos jornalistas, após a reunião.

Na mesma conferência de imprensa, Zelensky, por sua vez, descreveu o acordo de cooperação e segurança assinado entre Portugal e a Ucrânia como "uma parceria estratégica, que fala sobre reconstrução, sobre a ajuda humanitária, sobre medicina, sobre a reabilitação".

Para o chefe do governo ucraniano, é fulcral que "o mundo não se canse", no que toca à Ucrânia. "Caso contrário, não haverá justiça e o mundo será governado por pessoas como [o Presidente russo, Vladimir] Putin, o que seria uma loucura", comentou.

Depois de São Bento, Belém

Concluída a breve reunião no palácio de São Bento, onde a presença do presidente ucraniano não passou desapercebida a quem por lá passava, Zelensky rumou para Belém. Na residência oficial do Presidente da República, encontrou-se com Marcelo Rebelo de Sousa, que liderará a delegação nacional portuguesa na Cimeira da Paz, a acontecer em junho, na Suíça.

O Presidente da República recebeu Zelensky com honras militares, ao mesmo tempo que mais de meia centena de ucranianos se manifestavam em apoio ao presidente da Ucrânia. Depois da reunião, Zelensky dirigiu-se novamente até Figo Maduro, abandonando Portugal às 21h02, apenas seis horas após ter chegado a Lisboa, com mais um acordo de segurança assinado com parceiros na Europa.

Lisboa foi, aliás, a última paragem do mais recente 'tour' europeu de Zelensky, dedicado a promover a Cimeira da Paz, que acontece a 15 e 16 de junho, e que tem a confirmação de vários países, mas não dos Estados Unidos. A Rússia, por sua vez, ficou fora da lista de convidados.

Antes da viagem para Portugal, o presidente da Ucrânia tinha estado em Bruxelas, na Bélgica, onde assegurou a entrega de 30 aviões F-16 para Kyiv, e em Madrid, Espanha, onde assinou um acordo de entrega de ajuda militar, avaliada em 1.129 milhões de euros.

Leia Também: Zelensky terminou em Lisboa périplo focado em ajuda e Cimeira de Paz

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