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Fraude ao SNS descoberta através do caso do bebé sem rosto

Buscas levadas a cabo pela PJ visaram também a clínica onde a mãe de Rodrigo foi seguida.

Fraude ao SNS descoberta através do caso do bebé sem rosto
Notícias ao Minuto

16:36 - 05/11/21 por Notícias ao Minuto

País PJ

Terá sido a clínica EcoSado, onde foi seguido Rodrigo, que ficou conhecido como o bebé sem rosto por ter nascido com malformações na face, que desencadeou a investigação a uma fraude ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A EcoSado, ligada ao grupo privado Clara Saúde, com sede no Pinhal Novo, foi uma das clínicas ontem alvo de buscas pela Polícia Judiciária.

De acordo com o jornal Público, as grávidas eram encaminhadas para esta clínica pelo centro de saúde ao abrigo de um protocolo que, afinal, não existia.

A EcoSado realizava as ecografias e obtinha o reembolso através de uma outra clínica que, essa sim, tinha acordo de convenção com o SNS.

O esquema ficou conhecido através do caso do bebé sem rosto que gerou, na altura, uma enorme polémica a nível nacional, com o obstetra que fez as ecografias na Ecosado a ter mais de uma dezena de queixas em averiguação na Ordem dos Médicos.

Rodrigo nasceu a 7 de outubro de 2019 no Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal, com várias malformações graves, sem que o médico Artur Carvalho, que realizou as ecografias de acompanhamento da gravidez, tivesse detetado ou sinalizado aos pais qualquer problema. Só num exame feito noutra clínica, uma ecografia 5D, os pais foram avisados para a possibilidade de haver malformações.

As irregularidades relativas aos reembolsos feitos na EcoSado foram participadas ao Ministério Público por suspeita de crime e, esta quarta-feira - dois anos depois -, a Polícia Judiciária levou a cabo sete buscas domiciliárias e não domiciliárias a clínicas médicas e a um gabinete de contabilidade.

Em causa, explicava um comunicado enviado ontem às redações, está a investigação de factos relacionados "com fraude ao Serviço Nacional de Saúde", em que uma empresa de prestação de serviços médicos submeteu a reembolso do SNS, com base na convenção em vigor, requisições médicas destinadas a realização de exames complementares de diagnóstico (exames de radiologia, designadamente ecografias ginecológicas), que foram concretizadas por intermédio de outra entidade não convencionada.

Não foram constituídos arguidos.

Leia Também: Fraude ao SNS: PJ faz buscas a clínicas médicas na Margem Sul e Lisboa

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