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"Portugal tem condições para poder sair da crise"

O vice-presidente da Comissão Europeia, António Tajani, falou à Renascença sobre o facto de estar optimista em relação ao futuro de Portugal, enfatizando a importância das pequenas e médias empresas (PME) e o facto de a Europa não ser só troika, explicando os fundos disponíveis para as empresas portuguesas. O responsável adianta ainda que os salários baixos podem facilitar o investimento externo no momento actual.

"Portugal tem condições para poder sair da crise"
Notícias ao Minuto

10:50 - 29/11/13 por Notícias Ao Minuto

País Antonio Tajani

O vice-presidente da Comissão Europeia está no País a acompanhar respresentantes de PME europeias e extracomunitárias que querem fazer parcerias com empresas nacionais. António Tajani comentou, em declarações à Renascença, o panorama actual português, revelando optimismo.

“Estou optimista porque Portugal tem um recurso muito importante, que são as pequenas e médias empresas. […] está a implementar uma série de medidas a favor da economia real. Acções para reduzir o peso da burocracia e para ajudar as empresas e o objectivo de atingir os 17% do Produto Interno Bruto (PIB), proveniente da política industrial, antes do fim de 2020. A situação económica hoje é melhor do que há um ano e a Europa pode ajudar muito este país”, diz o número dois de Durão Barroso. E sublinha: “Portugal tem condições para poder sair da crise. Porque, nos próximos meses encontrará uma Europa solidária, porque a Europa não é só a troika, não são só sacrifícios”.

Neste sentido, refere que “há 20 mil milhões de euros em fundos estruturais, há centenas de milhões de euros para a luta contra o desemprego jovem nos próximos dois anos. Além disso, Portugal poderá também usar o Programa Horizonte 2020, que tem pouco menos de 80 mil milhões de euros para a Europa financiar a inovação e investigação entre 2014 e 2020, para ajudar as empresas. E há cerca de 2,5 mil milhões de euros no programa COSME, destinado a apoiar a internacionalização das PME, destinado a apoiar também as empresas que operam na área do turismo. São fundos que estão todos à disposição das empresas portuguesas".

Questionado sobre a possibilidade de um segundo resgate, o responsável remete a decisão para o Governo: “Essas são decisões que devem ser os Estados a tomar. Devem fazer propostas. A Irlanda fez para a sua realidade e Portugal deverá fazer para a sua, mas cada país é diferente. Por isso, caberá ao Governo português tomar a melhor decisão para concluir esta série de acções contra a crise.”

No que se refere ao mercado laboral, o vice-presidente da Comissão Europeia salienta que é sempre preciso encontrar um “justo equilíbrio entre os direitos dos trabalhadores e as necessidades do mercado de trabalho”, considerando, no entanto, ser “sempre preciso reduzir a pressão fiscal sobre as empresas, mas para reduzir a pressão fiscal é preciso aumentar o apoio ao crescimento e esta não é apenas uma responsabilidade dos governos nacionais, mas também da Europa.”

Relativamente aos salários baixos que se praticam em Portugal, admite que “pode facilitar o investimento”. “Apesar de no momento não ser positivo que os trabalhadores ganhem pouco, pode ser um instrumento para aumentar o investimento e no futuro, fazer crescer o rendimento.”

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