Integração do museu na UNESCO era "imperativo da cidadania mundial"
A diretora do Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), Ana Alcoforado, diz que sente a integração do museu na área classificada como Património Mundial em Coimbra, hoje decidida pela UNESCO, como um "imperativo da cidadania mundial".
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Cultura UNESCO
Enquanto "espaço fundacional da cidade, contentor de uma riquíssima materialidade que preserva uma memória histórico-artística comum", a diretora do museu "sente este processo de inclusão na área classificada - Universidade de Coimbra, Alta e Sofia - como um imperativo da cidadania mundial", afirma Ana Alcoforado, citada numa nota hoje divulgada, a propósito desta decisão da UNESCO.
"Este é um momento de celebrar e de reafirmar a determinação de estar cada vez mais próximo da comunidade que, ao longo de séculos, construiu a nossa identidade, e de abraçar e arquitetar novos desafios ", destaca Ana Alcoforado.
A aprovação pelo Comité do Património Mundial da inclusão do Museu Nacional de Machado de Castro na área classificada como Património Mundial permite o reforço do valor excecional do Bem e vem consolidar a realização e redefinição de programas de âmbito cultural e de fruição patrimonial para a Alta da cidade, sustenta.
A inclusão do MNMC na área classificada como Património Mundial em Coimbra, em 2013, foi decidida hoje, durante a 43.ª Sessão do Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que está a decorrer em Baku, no Azerbaijão, até 10 de julho.
O MNMC, monumento nacional desde 1910, situa-se no antigo Paço Episcopal de Coimbra, que por sua vez se vem instalar no local do forum da cidade em época romana, do qual resta o impressionante criptopórtico.
Neste museu nacional encontram-se depositadas mais de uma centena de obras consideradas Tesouro Nacional, sendo que parte significativa e qualificada da coleção provém de antigos colégios universitários, igrejas ou mosteiros que se encontram já na área classificada (Sé Velha, Sé Nova, Mosteiro de Santa Cruz).
Durante o processo de elaboração da candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial, o edifício do museu esteve encerrado devido a uma intervenção de requalificação, que decorreu entre e 2004 e 2012.
Esta intervenção, da responsabilidade do arquiteto Gonçalo Byrne, veio a receber o Prémio Piranesi/Prix de Rome, em 2014.
Desde a reabertura do Museu Nacional Machado de Castro que um conjunto mais vasto de coleções, particularmente as relativas à História e presença da Universidade de Coimbra, se encontram na Exposição permanente.
O Santuário do Bom Jesus, em Braga, e o conjunto composto pelo Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra também receberam hoje a classificação de Património Cultural Mundial da UNESCO.
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