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Governo "fez o que lhe competia" ao ordenar uma auditoria à CGD

O primeiro-ministro disse hoje que o Governo fez o que lhe competia em relação à Caixa Geral de Depósitos ao ordenar uma auditoria e considerou que foi "irresponsável" injetar dinheiro no banco público sem apurar a sua situação.

Governo "fez o que lhe competia" ao ordenar uma auditoria à CGD
Notícias ao Minuto

17:47 - 01/02/19 por Lusa

País António Costa

"Este Governo fez o que lhe competia. Ordenámos auditorias e os resultados das auditorias são agora conhecidos", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas durante uma visita a Mogadouro, no distrito de Bragança.

Segundo o primeiro-ministro, os resultados das auditorias foram agora transmitidos "a quem de direito", ou seja, ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Ministério Público.

"Se houve má gestão, quer o Banco de Portugal, quer o BCE, têm o dever de agir", sublinhou, acrescentando que se houve responsabilidades criminais também o Ministério Público deve agir.

O Governo, continuou, deu instruções à CGD para, em função dos resultados da auditoria, "agir civilmente", caso não haja responsabilidade criminal a ser apurada.

António Costa reiterou ainda que o executivo, ao ordenar as auditorias, fez o que há muito tempo devia ter sido feito, "porque o que foi irresponsável foi injetar dinheiro na Caixa sem se apurar a sua situação".

O presidente da CGD, Paulo Macedo, entregou hoje no parlamento o relatório da auditoria da EY ao banco público.

A entrega da auditoria hoje no parlamento surge depois de, na semana passada, ter sido divulgada uma versão preliminar do documento, datada de dezembro de 2017, que fez estalar a polémica devido à concessão de créditos mal fundamentada, atribuição de bónus aos gestores com resultados negativos, interferência do Estado e aprovação de empréstimos com parecer desfavorável ou condicionado da direção de risco da CGD.

A administração da CGD recusou, por duas vezes, a entrega do relatório à Assembleia da República, num primeiro momento invocando sigilo bancário e, numa segunda vez, invocando o segredo de justiça.

Em 09 de janeiro, a comissão parlamentar anunciou que iria pedir à PGR o acesso ao relatório da auditoria feita à gestão da CGD entre 2000 e 2015, depois de o banco público ter recusado pela segunda vez o acesso.

Esta semana, o Ministério Público informou "nada ter a opor" que a CGD disponibilizasse ao parlamento a auditoria.

CDS-PP, PSD, PS e BE chegaram a acordo para um texto comum sobre o objeto da futura comissão parlamentar de inquérito à CGD, partindo de uma proposta inicial dos democratas-cristãos.

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