Hologramas de três coreógrafos expostos a partir de sábado em Viana
A identidade física e artística e a linguagem coreográfica de Paulo Ribeiro, Rui Horta e Clara Andermatt podem ser vistas a partir de sábado, em Viana do Castelo, numa instalação holográfica criada pela Companhia Paulo Ribeiro.
© Getty Images
Cultura Box 2.0
Dentro de três caixas estarão hologramas dos três coreógrafos portugueses, com um tamanho aproximado da palma de uma mão.
O projeto, que se intitula 'Box 2.0' e conta com a coprodução do Teatro Municipal Sá de Miranda, de Viana do Castelo, estreia-se no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Dança.
Em 2013, António Cabrita e São Castro - atuais diretores artísticos da Companhia Paulo Ribeiro - criaram o projeto 'Box', que teve como intenção "levar o corpo dançante para um local fora do contexto comum de apresentação de um espetáculo ou performance", quebrando as barreiras do espaço e do tempo.
Depois de convidados para assumirem a direção artística da companhia residente em Viseu, António Cabrita e São Castro decidiram lançar o convite a coreógrafos da geração de Paulo Ribeiro para a 'Box 2.0'.
"É um projeto altamente inovador, que trabalha toda esta ideia da memória da dança nacional. São solos com 20/30 minutos, que vão estar em holograma, em 'loop', em caixas expostas durante um mês, em Viana do Castelo", contou António Cabrita à agência Lusa.
Segundo o coreógrafo, a ideia foi "transportar a dança para um lugar que não é tão efémero, embora a dança seja efémera", criando uma ilusão holográfica tridimensional.
"A nossa primeira questão, logo em 2013, foi: como é que nós retiramos o corpo do lugar do palco e o transportamos para um sítio onde pode estar mais presente", contou.
A instalação holográfica pretende debruçar-se sobre a pluralidade de linguagens e identidades coreográficas de diferentes coreógrafos e bailarinos, perpetuando-as através de um holograma.
António Cabrita avançou que a ideia é alargar o projeto "a vários coreógrafos portugueses e até internacionais".
Com trabalho do cenógrafo Fernando Ribeiro, 'Box 2.0' nasceu em Viseu, tem estreia marcada para Viana do Castelo mas, posteriormente, irá circular nacional e internacionalmente, em datas a anunciar.
A estreia contará com a presença dos coreógrafos convidados e será seguida da apresentação da peça 'Um Solo para a sociedade', de António Cabrita e São Castro, numa noite que pretendem que seja "de cruzamentos de identidades, dimensão e perceção do corpo".
Criada em 1995, a Companhia Paulo Ribeiro é uma companhia portuguesa de dança contemporânea, com um repertório próprio de peças criadas e dirigidas por Paulo Ribeiro (fundador e um dos coreógrafos que esteve na origem do movimento artístico intitulado Nova Dança Portuguesa) e por outros criadores convidados.
A Companhia Paulo Ribeiro é estrutura residente no Teatro Viriato, de Viseu, desde 1998.
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