Moscovo acusa EUA de conduzirem Coreia do Norte para uma "catástrofe"
Moscovo acusou hoje os Estados Unidos de conduzirem a Coreia do Norte para "uma catástrofe", ao colocar o país asiático na lista de Estados que apoiam o terrorismo.
© Reuters
Mundo Rússia
"Semelhantes ações, o facto de conduzir a situação para um limite, arriscam-se a terminar numa grande catástrofe, não apenas à escala regional, mas à escala mundial", advertiu Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
A decisão de Washington "não contribui para a diminuição da tensão" na península coreana, acrescentou em conferência de imprensa.
"Surge mais como uma nova ação de intimidação, uma iniciativa mediática, quando é necessária a concentração num trabalho diplomático que deve conduzir a uma resolução da situação", disse ainda.
Na segunda-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos decidiram colocar de novo a Coreia do Norte na lista negra de "Estados que apoiam o terrorismo", para aumentar a pressão contra o seu programa nuclear.
O regime norte-coreano foi assim associado aos destacados inimigos dos EUA, a Síria, o Irão e o Sudão.
Entre 1988 e 2008 Pyongyang já tinha figurado nesta lista pelo seu alegado envolvimento no atentado à bomba contra um avião sul-coreano que provocou 115 mortos em 1987.
Zakharova também criticou o apoio dos EUA à Ucrânia, que na segunda-feira celebra o 85.º aniversário do Holodomor, a grande fome de 1932-33 que provocou milhões de mortos ucranianos.
"Washington praticamente insultou a memória das vítimas [da fome] onde se incluem representantes de diversas etnias que habitavam a União Soviética", afirmou a porta-voz.
"Fora da Ucrânia, a fome [...] atingiu a Bielorrússia, o Cazaquistão, a região [russa] do Volga, o Cáucaso do norte, a Sibéria ocidental e o sul dos Urais", disse.
Em 1932, as autoridades soviéticas desencadearam uma campanha de coletivização forçada que implicou a requisição de trigo, legumes e gado, e que implicou uma fome generalidade entre os camponeses, sobretudo na Ucrânia.
"Este mês prestamos homenagem aos milhões de ucranianos que morreram de fome (....) devido à brutal política soviética sob Estaline", assinalou na semana passada em comunicado o Departamento de Estado norte-americano.
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