Coreia do Norte afirma que exercícios militares dos EUA aumentam tensões
A Coreia do Norte considera que a presença, sem precedentes, de três grupos de porta-aviões americanos "com uma postura de ataque" em volta da península coreana está a tornar impossível prever quando poderá começar uma guerra nuclear.
© Reuters
Mundo Conflito
A posição foi expressa pelo embaixador das Nações Unidas na Coreia do Norte, Ja Song Nam, hoje numa carta ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, onde é referido que as operações militares conjuntas estão a criar "a pior situação de sempre" na península.
Ja Song Nam acrescentou que os EUA reativaram turnos de 24 horas com aviões B-52 -- avião de grande porte, projetado para lançar grandes quantidades de bombas e munições e com capacidade nuclear -- "que existiram durante a época da Guerra Fria".
"Os exercícios de larga-escala de guerra nuclear e as chantagens, que os Estados Unidos organizaram durante um ano inteiro sem interrupções (...) fazem concluir que a opção que tomámos foi a correta e devíamos continuar neste caminho até ao fim", afirmou o responsável.
Pyongyang tem multiplicado nos últimos meses os disparos de mísseis e os testes nucleares, em violação das resoluções da ONU, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, e o presidente norte-americano, Donald Trump, envolveram-se numa guerra de palavras e de troca de ameaças.
Em reação, o Conselho de Segurança da ONU aprovou novas sanções destinadas a isolar economicamente o país e que incluem a limitação das suas exportações.
A China, que é responsável por 90% do comércio externo da Coreia do Norte adotou ainda medidas unilaterais, que incluem o encerramento de empresas norte-coreanas no país e redução no fornecimento de petróleo.
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