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MAI demite diretor nacional da PSP. Há 'surpresa' e pedidos de explicação

O superintendente Luís Carrilho, atual comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), vai ser o sucessor.

MAI demite diretor nacional da PSP. Há 'surpresa' e pedidos de explicação
Notícias ao Minuto

08:48 - 07/05/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Segurança

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, substituiu o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) José Barros Correia, que ocupava o cargo desde setembro de 2023.

A exoneração, confirmou o Notícias ao Minuto, aconteceu esta segunda-feira, "às 18h45".

O superintendente Luís Carrilho, atual comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), vai ser o seu sucessor.

"Esta decisão de indigitação surge no âmbito da reestruturação operacional da PSP, quer no plano nacional, quer no plano da representação institucional e internacional desta força de segurança pública", referiu o Ministério da Administração Interna em comunicado. 

Numa mensagem enviada a todo o efetivo da PSP e a que Lusa teve acesso, José Barros Correia atribuiu o seu afastamento do cargo à "exclusiva iniciativa" da ministra da Administração Interna e referiu que vai agora para a pré-aposentação - depois de 40 anos na PSP.

Decisão é da

Decisão é da "exclusiva iniciativa" da MAI, diz diretor da PSP exonerado

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública exonerado, José Barros Correia, atribuiu hoje o seu afastamento do cargo à "exclusiva iniciativa" da ministra da Administração Interna.

Lusa | 21:07 - 06/05/2024

A 'surpresa' e as reações

A decisão do MAI caiu como uma pedrada no charco no seio das forças de segurança. O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Santos, manifestou-se esta segunda-feira "um pouco surpreso" com a exoneração do diretor nacional da PSP e pediu explicações ao Governo sobre "as razões subjacentes" à decisão.

O responsável pediu explicações à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e ao Governo sobre a decisão, questionando "para quando a estabilidade necessária" na PSP para que se possa "ir ao encontro daquilo que são as necessidades e as expectativas da instituição".

Também o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, Bruno Pereira, se manifestou "extremamente surpreendido" com a exoneração, sublinhando que, nos poucos meses no cargo, o superintendente-chefe José Barros Correia foi "verdadeiramente preocupado com os polícias".

Sindicato dos Oficiais da PSP

Sindicato dos Oficiais da PSP "extremamente surpreendido" com exoneração

O presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia manifestou-se hoje "extremamente surpreendido" com a exoneração do diretor nacional da PSP, sublinhando que, nos poucos meses no cargo, o superintendente-chefe José Barros Correia foi "verdadeiramente preocupado com os polícias".

Lusa | 22:29 - 06/05/2024

Por sua vez, Paulo Macedo, presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia expressou também "preocupação com o momento e motivo", mas considerou que o seu substituto indigitado, Luis Carrilho, merece "o maior respeito".

Por fim, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) realçou que a exoneração do diretor nacional da PSP, Armando Ferreira, foi (também) uma surpresa, num momento em que os sindicatos aguardam uma "proposta séria" do Governo para iniciar o processo negocial.   

"Foi uma decisão que nos apanhou de surpresa. Não estávamos à espera que num momento tão crucial para a Polícia de Segurança Pública em que estamos, inclusive neste impasse negocial", sublinhou à agência Lusa.

Sinapol surpreso com mudança do diretor da PSP em impasse negocial

Sinapol surpreso com mudança do diretor da PSP em impasse negocial

O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) realçou hoje que a exoneração do diretor nacional da PSP foi uma surpresa, num momento em que os sindicatos aguardam uma "proposta séria" do Governo para iniciar o processo negocial.

Lusa | 23:19 - 06/05/2024

Quem é Luís Carrilho?

O superintendente Luís Carrilho ocupava, até à data, o cargo de comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), tendo exercido os cargos de chefe do serviço de segurança da Presidência da República, conselheiro de polícia das Nações Unidas e diretor da divisão de Polícia no Departamento de Operações de Paz da ONU.

Luís Carrilho foi também comandante da Polícia das Nações Unidas em três operações de manutenção da paz na República Centro-Africana, no Haiti e em Timor-Leste, onde foi o primeiro diretor da Academia da Polícia Nacional de Timor-Leste.

Em Portugal, Luís Carrilho exerceu funções de comandante do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, chefe de gabinete do diretor do Instituto de Ciências Policiais e Segurança Interna, chefe de redação da revista da Polícia Portuguesa da PSP e comandante da esquadra de segurança a residência oficial do primeiro-ministro.

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