Sabia que filha não sobreviveria, mas decidiu continuar gravidez
Samantha Rose viveu durante três dias. As imagens podem chocar as pessoas mais sensíveis.
© Amber Bourret Photography
Mundo Nascimento
Para muitos pais, o nascimento de um filho marca o primeiro dia de uma nova etapa, uma nova vida repleta de incertezas e de desafios.
Porém, para Stefanie Wahl, o dia em que a sua filha mais nova nasceu, Samantha Rose, não esteve repleto de felicidade como seria de esperar. Um misto de tristeza e de contentamento fluíram no seu coração.
Tal como Stefanie afirmou ao MirrorOnline, “sabíamos que o dia em que a encontraríamos também seria o dia em que provavelmente nos despediríamos".
Isto porque a bebé nasceu com a síndrome de Patau – um transtorno genético grave responsável por causar deformidades faciais e nos dedos, para além de outras implicações a nível intestinal.
As estatísticas dão conta que, em cada 10 crianças que nascem com esta anomalia cromossómica, nove morrem no primeiro ano de vida.
Porém, no caso de Samantha, os médicos não acreditavam que ela sobrevivesse mais do que umas horas.
Samantha Rose© Amber Bourret Photography
Stefanie, de 27 anos, e seu marido, Adam, tiveram conhecimento da condição da filha, através dos rastreios bioquímicos habituais, às 20 semanas de gestação. Diagnóstico que viria mais tarde a ser confirmado através de ecografia.
No entanto, apesar da possibilidade de interromper a gravidez, Stefanie e Adam, do Canadá, decidiram que levariam a gestação até ao fim.
O casal, pais também de Leontine, de dois anos de idade, foi informado de que, embora muitos dos bebés portadores da síndrome possam ter uma esperança média de vida mais longa devido às cirurgias cardíacas, Samantha não seria candidata a esse procedimento cirúrgico.
A bebé tinha “meio coração” o que, naturalmente, tinha consequências no sistema circulatório. Para além disso, revela o jornal britânico, “faltava-lhe uma parte do cérebro, tinha um saco de órgãos fora do corpo e uma fenda larga no nariz”.
Quanto à sua decisão, Stefanie alega que simplesmente “não queríamos ser a causa da morte da nossa filha. E ser beijado e amado pela família enquanto se perde a vida é uma forma muito mais amável e confortável do que um aborto”.
Após cinco horas de trabalho, Samantha nasceu em segurança. “No momento em que a vi pela primeira vez, não tenho certeza se o quarto realmente ficou quieto, ou se bloqueei os sons, mas apenas me lembro de um silêncio".
Samantha viveu durante três dias: “Foram os três dias mais difíceis das nossas vidas, mas também os mais doces. E repetiria tudo se pudesse só para poder estar com ela”.
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