Setor dos Transportes Aéreos quer restabelecimento de voos com Qatar
O diretor-geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), Alexandre de Juniac, exigiu hoje o restabelecimento o mais rápido possível das ligações aéreas com o Qatar, do interesse das companhias aéreas e dos passageiros.
© Reuters
Mundo IATA
"Admitimos, é claro, que os países têm o direito de encerrar as fronteiras, é o direito soberano de cada país", mas "é preciso restabelecer as ligações com o Qatar o mais rapidamente possível", declarou, à margem da 73.ª Assembleia-Geral da IATA em Cancún, México, sublinhando a importância de fronteiras abertas para a indústria, o comércio e a circulação de pessoas.
A maioria dos responsáveis das companhias aéreas reunidas em Cancún desconhecia ainda hoje de manhã as repercussões exatas da decisão sobre a sua atividade e aguardava uma solução rápida para a crise.
A Arábia Saudita, o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos, o Iémen, o Egito e as Maldivas anunciaram na segunda-feira o corte de relações diplomáticas com o Qatar, acusado de "apoiar o terrorismo".
Esta decisão fez-se acompanhar de medidas económicas como o encerramento das fronteiras terrestres e marítimas entre esses países e o Qatar, bem como proibições de sobrevoo às companhias aéreas daquele país e restrições à deslocação de pessoas.
O diretor-geral da Qatar Airways, Akbar Al-Baker, abandonou na segunda-feira a Assembleia-Geral da IATA, que termina hoje.
"Os Estados têm o direito de exercer a sua soberania, mas nós esperamos que a crise se dissipe rapidamente e que a aviação possa retomar o seu normal funcionamento", declarou Abdul Wahab Teffaha, secretário-geral da Arab Air Carriers Organization, que agrupa 33 companhias aéreas árabes.
"É ainda demasiado cedo para medir as consequências desta decisão, é uma decisão política e nós não somos políticos", acrescentou.
"Vamos acompanhar a situação durante os próximos dias. O setor de Doha e do Dubai está particularmente ativo (...) trata-se de uma grande perturbação para os calendários de voos de várias companhias, e estamos a estudar o seu impacto, mas é ainda demasiado cedo para avaliar", explicou Christoph Mueller, responsável pela inovação da companhia Golf Emirates.
"Operámos o nosso último voo há algumas horas, e estamos a manter os nossos passageiros informados em tempo útil", acrescentou.
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