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Cobertura mediática é uma das causas dos tiroteios massivos nos EUA

Alcançar fama é a principal motivação dos autores de tiroteios nos Estados Unidos. Há, além disso, um efeito de contágio.

Cobertura mediática é uma das causas dos tiroteios massivos nos EUA
Notícias ao Minuto

10:45 - 05/08/16 por Goreti Pera

Mundo Estudo

Um estudo desenvolvido por investigadores da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, permitiu percebeu que a cobertura mediática dada aos tiroteios perpetrados no país leva a um aumento do número de ataques.

“De forma inadvertida, a cobertura mediática tem demonstrado ser uma das causas do incremento dos tiroteios massivos, ainda que seja, provavelmente, uma das mais fáceis de retificar”, explicou ao El Mundo Jennifer Johnston, a principal autora do estudo.

O conselho deixado pelos investigadores aos órgãos de comunicação social passa por não centrar tanto a cobertura mediática no atacante, nas motivações do ataque e na sua história, mas nas vítimas.

Com base em revisão de literatura e em depoimentos de elementos do FBI e organizações de armas, os investigadores perceberam que o número de tiroteios no país triplicou nos últimos 15 anos, havendo, em média, um ataque a cada 12,5 dias.

Os resultados apresentados na convenção anual da Associação Americana de Psicologia mostram ainda que há um efeito de contágio e que, em cada três ataques, há pelo menos um que se repete no prazo de 13 dias.

A mesma tendência é verificada no que toca a publicações nas redes sociais. Quando um tiroteio gera mais de 10 milhões de tweets, a probabilidade de que haja um novo ataque nos 10 dias seguintes aumenta 50%. E se, 19 dias depois, as mensagens superarem esse número, o risco sobe 85%. Já nos casos em que nos 35 dias seguintes o número continue a subir é quase 100% provável que haja um novo tiroteio.

No que toca às motivações dos atacantes, alcançar fama é o principal objetivo. “Alguém que comete um ato destes procura fama, deixar de ser desconhecido para deixar um marco na história”, argumenta Guillermo Fouce, professor de psicologia da Universidade Complutense de Madrid. O mesmo é defendido por Jennifer Johnston, que desenha um perfil-tipo dos atacantes: “Caucasianos e heterossexuais, entre os 20 e os 50 anos”.

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