Camionistas angolanos queixam-se de cauções da RDCongo
Os camionistas angolanos queixam-se da exigência do pagamento de cauções à entrada da República Democrática do Congo (RDCongo), que chegam a ultrapassar os 15.000 euros, para cruzar aquele território e descarregar produtos no enclave de Cabinda.
© LUSA
Mundo Cabinda
Em causa está a situação na fronteira do Nóqui, província do Zaire, no norte de Angola, seguindo-se um percurso de cerca de 80 quilómetros até à entrada em Cabinda, com uma caravana habitual de mais de 50 camiões que transportam, entre outros, produtos alimentares para aquele enclave.
De acordo com o relato da imprensa angolana de hoje, as autoridades da RDCongo estão a exigir cauções para o atravessamento do território, "aleatórias" e "negociadas" na fronteira com os camionistas.
"Cada um faz o seu preçário. É como se estivesse a negociar feijão no mercado", critica o camionista Miguel Morais, em declarações emitidas pela rádio pública angolana.
Além disso, os camionistas, que viajam desde Luanda, apontam dificuldades para reaver o valor pago na caução junto das autoridades do país vizinho, no regresso a Angola.
De acordo com as autoridades tributárias angolanas na fronteira do Noqui, não existe intercâmbio de importação e exportação com o país vizinho e a caravana que vai para Cabinda não está sujeita a tributação porque "sai de Angola para Angola".
Os serviços consulares angolanos na RDCongo já garantiram que o assunto está a ser analisado pelos dois países.
As fronteiras terrestres do Luvo e do Nóqui são as duas formas de entrada terrestre na RDCongo, desde Angola, estando previstas, no futuro, ligações marítimas, por ferryboat, entre Luanda, Soyo (Zaire) e Cabinda, além das ligações aéreas já existentes.
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