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Human Rights Watch insta Cameron a condenar corrupção na Malásia

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) pediu hoje ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, que critique publicamente os alegados casos de corrupção e abusos na Malásia, durante a sua visita oficial ao país.

Human Rights Watch insta Cameron a condenar corrupção na Malásia
Notícias ao Minuto

06:55 - 30/07/15 por Lusa

Mundo Direitos Humanos

Cameron, que deve chegar hoje a Kuala Lumpur, viaja com uma delegação de vários ministros e cerca de 30 homens de negócios e tem uma agenda que inclui acordos comerciais e de segurança.

"É essencial que Cameron não se concentre exclusivamente no comércio e em assuntos de segurança, sem que também fale sobre a crescente crise de direitos humanos", indicou em comunicado Mickey Spiegel, assessor da HWR na Singapura e Malásia.

"Isto significa fazer uma declaração pública e firme criticando as tentativas do Governo de silenciar aqueles que falam do escândalo do 1MDB [fundo estatal de investimento 1Malaysia Development Berhad] e as suas políticas contra a liberdade de expressão e reunião", acrescentou.

O investigador da ONG lembrou que Cameron já abordou a corrupção num discurso em Singapura, país que também estava incluído na sua viagem asiática, tal como a Indonésia e Vietname, ainda que referindo-se a lavagem de dinheiro por parte de empresas e não do Governo.

Spiegel quer que Cameron, que se reunirá com o seu homólogo malaio, Najib Razak, fale sobre a tentativa do Governo de silenciar a investigação aos casos de corrupção em torno do fundo 1MDB.

Uma comissão especial investiga as alegações por parte de alguns jornais de que cerca de 700 milhões de dólares (630 milhões de euros) do 1MDB foram desviados de contas bancárias de Najib, algo que este negou.

A HRW acusou o primeiro-ministro malaio de forçar a demissão, na passada terça-feira, do procurador-geral, que fazia parte da comissão, alegando "razões de saúde".

No mesmo dia, Najib remodelou o Governo, forçando a saída do então vice-primeiro-ministro, Muhyiddin Yassin, que criticou a gestão da crise.

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