"Nove fiéis foram mortos no local e muitos outros morreram ao longo do dia; o último balanço é de 32 mortos", disse Nura Musa, um morador da cidade, citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
O número atualiza a informação inicial difundida na terça-feira, quando foi conhecido o ataque à mesquita durante as orações matinais, que apontava para 13 mortos.
O comissário do estado de Katsina, Nasir Mu'azu, afirmou na terça-feira que o ataque à mesquita foi provavelmente uma retaliação por uma ação dos moradores de Unguwan Mantau, que no fim de semana emboscaram e mataram vários dos homens armados.
Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque na cidade de Unguwan Mantau.
Segundo Nasir Mu'azu, o exército e a polícia foram destacados para a área de Unguwan Mantau para impedir novos ataques, sendo que os homens armados costumam esconder-se entre as plantações nas fazendas durante a estação chuvosa para realizar ataques às comunidades.
Estes ataques, que matam e ferem dezenas de pessoas, são comuns nas regiões noroeste e centro-norte da Nigéria, onde pastores e agricultores locais frequentemente entram em conflito pelo acesso limitado à terra e à água.
Os agricultores acusam os pastores, na maioria de origem fulani, de pastar o gado nas suas quintas. Já os pastores insistem que as terras são rotas de pastagem que foram inicialmente reconhecidas pela lei em 1965, cinco anos após o país ter conquistado a independência.
Dezenas de grupos armados também aproveitam a presença limitada das forças de segurança nas regiões ricas em minerais da Nigéria, realizando ataques a aldeias e ao longo das principais estradas.
O conflito prolongado tornou-se mais mortal nos últimos anos, alertam autoridades e especialistas.
A Nigéria luta para conter uma insurreição contra o Boko Haram - grupo fundamentalista islâmico de origem nigeriana - no nordeste, onde cerca de 35.000 civis foram mortos, provocando mais de dois milhões deslocados, de acordo com a Organização das Nações Unidas.
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