Trégua entre Tailândia e Camboja perturbada pela explosão de mina terrestre

Um soldado tailandês ficou ferido na sequência da explosão de uma mina terrestre perto da fronteira entre a Tailândia e o Camboja, tendo o exército de Banguecoque admitido exercer o direito de legítima defesa.

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Lusa
12/08/2025 16:09 ‧ há 2 horas por Lusa

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Tailândia

O incidente ocorreu hoje, perturbando a trégua entre a Tailândia e o Camboja que pôs fim à guerra entre os dois países, no passado mês de julho. 

 

Em comunicado, o general Winthai Suvari, porta-voz do exército tailandês, disse que "se a situação o exigir" as Forças Armadas de Banguecoque podem exercer o direito de "legítima defesa", de acordo com as leis internacionais. 

O militar ferido encontrava-se numa missão de patrulhamento perto do templo Ta Muen Thom, uma área reivindicada por ambos os países e localizada entre a província tailandesa de Surin e a província cambojana de Oddar Meanchey, quando ocorreu a explosão.

O soldado tailandês, que estava acompanhado por um grupo de outros sete militares, está "fora de perigo" depois de ter sofrido "graves ferimentos no tornozelo esquerdo".

Dois incidentes anteriores, a 16 e 23 de julho, levaram à deterioração das relações diplomáticas entre os dois países e desencadearam os violentos confrontos que se prolongaram por cinco dias em vários pontos ao longo da fronteira comum de quase 820 quilómetros.

A guerra fez, pelo menos, 44 mortos.

No passado sábado, mais três soldados tailandeses ficaram feridos quando uma mina terrestre explodiu noutra região reclamada pelos dois países.

Em ocasiões anteriores, o governo cambojano rejeitou as acusações e afirmou que "não 'plantou', nem vai 'plantar', novas minas terrestres", afirmando que os engenhos militares foram colocados há décadas, durante a guerra civil cambojana.

A 28 de julho, os governos de Banguecoque e de Phnom Penh assinaram um cessar-fogo, que se mantém em vigor apesar das acusações de violação do cessar-fogo.

Na passada quinta-feira, os dois países concordaram em permitir que os observadores da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) monitorizem o cumprimento do acordo no terreno.

Banguecoque e Phnom Penh, cuja fronteira foi cartografada pela França em 1907, quando o Camboja era uma colónia ultramarina francesa, estão envolvidos numa contenda territorial de longa data que se intensificou em maio passado com a morte de um soldado cambojano durante confrontos entre os dois exércitos numa área reivindicada por ambos os países.

Leia Também: China "satisfeita" com cessar-fogo mais longo entre Tailândia e Camboja

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