Ministro da Defesa de Israel critica chefe do exército após nomeações

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, repreendeu hoje o chefe do Exército por causa de nomeações de altas patentes militares, agravando as tensões entre as Forças Armadas e o Governo.

israel katz

© ATTILA KISBENEDEK/AFP via Getty Images

Lusa
12/08/2025 13:40 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A crise entre as Forças Armadas e o Governo de Israel agravou-se nos últimos dias, antes de uma nova ofensiva militar - anunciada pelo executivo de Benjamin Netanyahu - contra a Faixa de Gaza.

 

Israel Katz disse que as "deliberações" conduzidas pelo chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, sobre as nomeações no âmbito da hierarquia militar ocorreram sem coordenação ou acordo prévio.

O comunicado do Ministério da Defesa, divulgado hoje, referiu ainda que Israel Katz não vai discutir ou aprovar as nomeações propostas por Eyal Zamir.

Após ter sido divulgada a nota do ministro da Defesa, o tenente-general Eyal Zamir respondeu que está autorizado a indicar oficiais a partir da patente de coronel.

"O chefe do Estado-Maior toma a decisão sobre as nomeações -- estas são depois submetidas à aprovação do ministro", respondeu Eyal Zamir através de um comunicado.

As tensões entre o chefe do Estado-Maior e o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agravaram-se depois de discordâncias relativamente à continuação das operações militares na Faixa de Gaza e que têm como objetivo "libertar reféns israelitas e derrotar o Hamas".

De acordo com a imprensa israelita, o general Zamir opôs-se ao plano aprovado na sexta-feira passada para assumir o controlo da cidade de Gaza, uma zona densamente povoada que escapa ao controlo militar israelita, alegando que a ofensiva poderia ameaçar a visa dos reféns ainda em posse do movimento islamita palestiniano Hamas.

Nomeado em março após a demissão do antecessor, o chefe do Exército afirmou na semana passada que vai continuar a manifestar-se "sem medo" e de forma "profissional".

O ministro da Defesa afirmou que, em todos os casos, o chefe do Estado-Maior deve "executar com determinação" as decisões políticas do Governo.

Leia Também: Conselho da Europa manifesta-se contra vendas de armas a Israel

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