De acordo com cálculos feitos pela agência EFE com base nos números divulgados hoje pela Administração Geral das Alfândegas da China, o volume de terras raras vendido pelo país asiático para o resto do mundo caiu 22,58% em julho em comparação com os dados de junho, embora em termos homólogos tenha aumentado 21,42%.
No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a China exportou 13,3% mais terras raras do que no mesmo período de 2024, de acordo com os relatórios da alfândega, que revelam, no entanto, que o valor dessas vendas diminuiu 23,3%.
Os dados preliminares divulgados hoje não discriminam por elementos -- aglutinam o total das vendas de terras raras -- nem por país de destino.
Desde 02 de abril, no âmbito da escalada tarifária com os Estados Unidos, Pequim impôs um novo regime de licenças que obriga as empresas estrangeiras a solicitar autorizações para exportar 7 dos 17 minerais do grupo das terras raras (samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio) e ímanes derivados, alegando motivos de segurança nacional.
Isso provocou uma queda nas vendas para o exterior em abril (-15,56%), mas os números tinham subido fortemente em março (+22,57% por comparação com o mês anterior) e voltaram a subir em junho (+32,02%, mais uma vez, em cadeia), especialmente após o acordo alcançado neste último mês na ronda de negociações comerciais que a China e os Estados Unidos celebraram em Londres, no qual Pequim assumiu o compromisso mencionado de agilizar as licenças.
Os controlos são especialmente prejudiciais para os setores que mais precisam desses materiais -- destacam-se também a indústria automóvel e a defesa. A China processou 99% das terras raras pesadas utilizadas em todo o mundo em 2024 e possui quase metade (49%) das reservas desses elementos.
Leia Também: Comércio externo da China desafia previsões e cresce em julho