O centro jurídico palestiniano em Israel (Adalah) "condenou veementemente" a decisão do Tribunal Superior de Israel de 31 de julho, de autorizar a retenção do corpo da criança, sublinhando que isso normaliza "políticas brutais" que desumanizam os palestinianos, negam respeito às crianças mesmo na morte e infligem profundo sofrimento às famílias, de acordo com um comunicado.
Wadi Elyan, residente em Jerusalém Oriental, foi assassinado a 05 de fevereiro de 2024, perto do colonato judaico de Maale Adumim, na Cisjordânia ocupada.
De acordo com as autoridades israelitas, a criança foi morta após uma alegada tentativa de esfaqueamento de um polícia. No entanto, o Adalah referiu a existência de um vídeo que o mostra a ser baleado nas costas enquanto fugia do local.
Na audiência, o tribunal citou provas confidenciais apresentadas pelo Estado e decidiu que o comandante militar tem autoridade para ordenar a manutenção da retenção dos restos mortais de Wadia ou autorizar o enterro.
Até à data, pelo menos 29 crianças palestinianas foram mortas por fogo israelita na Cisjordânia ocupada, de acordo com registos do Ministério da Saúde palestiniano, citados pela agência de notícias espanhola EFE.
Israel retém os corpos de 45 crianças, uma prática que viola o direito internacional humanitário e que os grupos de defesa dos direitos humanos descrevem como "castigo coletivo", uma vez que priva as famílias da oportunidade de enterrar os filhos.
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