"Em nome do Governo provisório, vou escrever ao presidente da Comissão Eleitoral para pedir que as eleições se realizem antes do mês do Ramadão, em fevereiro de 2026", disse Yunus num discurso público para assinalar o primeiro aniversário da queda da antiga primeira-ministra Sheikh Hasina.
Num clima de grande tensão política que persiste desde o derrube de Sheikh Hasina, o economista e Prémio Nobel da Paz de 85 anos tinha prometido organizar eleições gerais em abril de 2026, após a adoção de uma série de reformas consideradas essenciais para reforçar a democracia.
Em junho, declarou que não tinha "absolutamente nenhuma intenção" de permanecer no poder após as eleições.
Hoje, o líder interino apelou à realização de reformas no país, mas alertou contra aqueles que, segundo ele, estão a tentar desfazer os progressos alcançados.
"O dia de hoje marca um capítulo inesquecível na História do Bangladesh", afirmou numa referência ao dia em que marca um ano da "libertação da amada nação das garras de um regime fascista de longa data".
O regime de Hasina, que governou entre 2009 e 2024, foi marcado por numerosas violações dos direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias e execuções extrajudiciais de opositores políticos.
Agora exilada na índia, a primeira-ministra deposta está a ser julgada à revelia pelos tribunais do Bangladesh por ordenar a repressão de protestos estudantis.
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