Os congressistas Adriano Espaillat, presidente do 'caucus' hispânico no Congresso, Nydia Velázquez, que representa Brooklyn na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), e Dan Goldman foram acompanhados durante a visita de supervisão por membros da Coligação de Imigração de Nova Iorque (NYIC) e da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU).
"Agentes mascarados negaram o acesso de supervisão a Velazquez, Espaillat e Golden e agora estão presos entre uma vedação e a instalação. Não conseguem entrar nem sair", denunciou na rede social X a NYIC.
A coligação indicou ainda que os congressistas planeavam rever as condições em que mais de 100 imigrantes estão detidos, após um novo acordo entre o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e o Departamento das Prisões.
Um porta-voz de Espaillat revelou à agência Efe que os congressistas ficaram encurralados entre a vedação que rodeia a cadeia e a prisão durante cerca de 30 minutos.
"Negar aos membros do Congresso o acesso a um centro de detenção federal é ultrajante e inaceitável", vincou o congressista Espaillat, que afirmou ainda que, como presidente do 'caucus' hispânico, não "tolerará esta falta de transparência, especialmente quando estão em causa as vidas dos imigrantes detidos".
Os congressistas referiram numa declaração conjunta que esta prisão tem um historial documentado de abusos, negligência e violações dos direitos civis, incluindo negligência médica, temperaturas extremas e condições insalubres.
"Os membros do Congresso têm o direito de realizar visitas sem aviso prévio, especialmente quando há sérias preocupações sobre abuso e negligência. Não permaneceremos em silêncio. Este contrato deve ser cancelado e continuaremos a exigir respostas", defendeu Velázquez.
O Centro de Detenção Metropolitano alberga reclusos com alta exposição pública, como o 'rapper' Sean Combs, conhecido por "Diddy", Luigi Mangione e Sam Bankman-Fried, assim como vários traficantes de droga, como o mexicano Ismael "El Mayo" Zambada e o equatoriano José Adolfo Macías Villamar, conhecido por "Fito", entre outros.
Mas também alberga multidões de imigrantes como parte do plano do Presidente republicano Donald Trump para deportações em massa.
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