O Exército israelita deteve hoje alegados membros de uma alegada célula de agentes do Irão durante uma operação realizada no sul da Síria, segundo um comunicado militar.
De acordo com os militares israelitas, os soldados "concluíram uma operação durante a noite para prender uma célula de agentes operada pela Força Quds [unidade especial da Guarda Revolucionária iraniana] iraniana na região de Tel Qudna, no sul da Síria", referiu um breve comunicado militar.
O exército israelita argumentou que estas pessoas representavam "uma ameaça na região".
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma patrulha israelita "realizou buscas em várias casas, detendo dois irmãos" numa aldeia na zona rural de Quneitra, nos Montes de Golã.
Em 02 de julho, as autoridades sírias declararam a captura de três pessoas na aldeia de al-Bassali, na região de Quneitra. O Exército israelita afirmou ter "detido vários terroristas" e apreendido "várias armas e granadas".
Desde a queda em dezembro do Presidente sírio Bashar al-Assad -- que era um aliado do Irão -, as autoridades e o exército israelitas têm afirmado repetidamente que não tolerarão o estabelecimento de qualquer "ameaça" à sua segurança no sul da Síria.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Sa'ar, declarou no final de junho que o seu país estava "interessado" em normalizar as relações com a Síria.
Sa'ar sublinhou, no entanto, que Israel não tinha qualquer intenção de devolver a parte dos Montes de Golã que conquistou aos sírios em 1967 e anexou em 1981.
As forças israelitas, que se posicionaram em dezembro na zona desmilitarizada [sob controlo da ONU] no sul da Síria, realizam regularmente ataques àquele país.
Leia Também: Grupo de publicações religiosas pede fim do comércio de armas com Israel