"Cerca de dez milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar no Afeganistão", afirmou o PAM, na rede social X, sublinhando que, durante o verão, vai entregar ajuda de emergência a "um milhão de pessoas por mês" em áreas "onde os níveis de fome são mais elevados" e "mais afetadas por desastres ambientais, como a seca ou inundações"
"As famílias vulneráveis recebem farinha, óleo de cozinha, sementes e sal para ajudar a sobreviver durante três meses", referiu.
Esta ajuda de emergência a curto prazo "evita que mais pessoas caiam em níveis de emergência de insegurança alimentar", no meio de uma escassez de fundos para enfrentar a crescente crise no país no centro da Ásia.
A ONU alertou em várias ocasiões para a necessidade de aumentar o financiamento da resposta humanitária no país, mergulhado numa crise cada vez maior desde a chegada ao poder dos talibãs, em agosto de 2021, quando assumiram o controlo, na sequência da fuga do ex-presidente, apoiado internacionalmente, Ashraf Ghani.
O Plano de Resposta Humanitária da ONU para o Afeganistão solicitou 3,6 mil milhões de dólares (cerca de 3,07 mil milhões de euros) para este ano, embora continue subfinanciado num momento em que as alterações climáticas têm um grande impacto na agricultura e nas colheitas, de grande importância para a população face à dependência desses alimentos devido à escassez de importações.
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