"Estava numa reunião (...), tentaram bombardear a zona onde estávamos a realizar essa reunião", acrescentou Massoud Pezeshkian, garantindo que "foi Israel", de acordo com a tradução de um intérprete.
"Tentaram, sim. Agiram em conformidade, mas falharam", disse Pezeshkian, adiantando que não teme sacrificar-se em defesa do país para "salvaguardar a soberania e a independência" do Irão.
O Presidente iraniano acusou também Israel de cometer crimes de guerra, uma vez que mataram comandantes iranianos enquanto "estavam a passar as noites com as famílias, em casa", acrescentando que também os cientistas do programa nuclear foram mortos da mesma forma em ataques que "mataram as famílias e civis".
Tucker Carlson anunciou, no sábado, nas redes sociais, que tinha entrevistado Pezeshkian e admitiu que decidiu avançar com esta decisão apesar de saber que ia enfrentar críticas e por acreditar que os "cidadãos norte-americanos têm o direito constitucional e o direito divino de ter acesso a toda a informação sobre questões que os afetam".
Se os EUA "estão a fazer algo com o dinheiro e em nome [dos norte-americanos], então [estes] têm o direito quase absoluto de saber o máximo que puderem e isso inclui ouvir" o Irão, acrescentou Carlson, num vídeo publicado na rede social Instagram.
Na entrevista, o ex-apresentador da Fox News questionou o Presidente iraniano sobre a possibilidade de restabelecer relações diplomáticas com os Estados Unidos, ao que Pezeshkian respondeu que o Irão "não vê qualquer problema" em retomar as negociações, apesar de se perguntar como poderá Teerão "voltar a confiar" em Washington.
A declaração surgiu na sequência da guerra de 12 dias lançada em meados de junho por Israel contra o Irão, durante a qual os EUA bombardearam três instalações nucleares iranianas.
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