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Ramaphosa classifica "vingança" de Trump contra BRICS como "dececionante"

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, considerou hoje "dececionante" que alguém procure "vingar-se" das medidas adotadas pelo BRICS, grupo de economias emergentes, para uma maior cooperação global, numa reação às novas ameaças tarifárias de Donald Trump.

Ramaphosa classifica "vingança" de Trump contra BRICS como "dececionante"

© Dado Galdieri/Bloomberg via Getty Images

Lusa
07/07/2025 19:47 ‧ há 1 mês por Lusa

Mundo

BRICS

"Penso que o surgimento de diversos centros de poder no mundo, como a declaração (da cimeira dos BRICS) observa, deve ser mais apreciado e deve ser visto de forma positiva e não negativa", disse Ramaphosa aos jornalistas no Rio de Janeiro, no segundo e último dia da 17.ª Cimeira de chefes de Estado e de Governo dos BRICS.

 

Referindo-se às decisões saídas da cimeira, Ramaphosa disse que devem ser vistas "como uma melhoria na governação do mundo e uma melhoria nos bons processos e políticas que devem ajudar o desenvolvimento da humanidade como um todo".

Ramaphosa fez estes comentários quando questionado sobre as declarações de Trump, que avisou que poderia impor uma tarifa adicional de 10% aos países que se alinham com os BRICS, embora o bloco tenha evitado entrar em confronto direto com o Presidente norte-americano na cimeira.

Os BRICS "não procuram competir" com qualquer outra potência, disse o líder sul-africano, sublinhando que o grupo reconhece a posição de outros centros de poder, como as Nações Unidas ou o G20 (grupo de países desenvolvidos e emergentes, cuja presidência rotativa é atualmente exercida pela África do Sul), que devem ser vistos como "complementares".

Para Ramaphosa, "é muito dececionante quando, perante uma manifestação coletiva tão positiva como os BRICS, há quem a veja de forma negativa e queira punir quem nela participa".

"Devemos respeitar a soberania dos países, devemos respeitar o facto de sermos todos iguais", afirmou, sublinhando que "nunca deve haver vingança ou retaliação contra países que procuram cooperar em conjunto para promover os interesses da humanidade".

O primeiro dos dois dias da Cimeira do Rio terminou no domingo com uma declaração final que aborda questões como a guerra comercial de Washington, a escalada de violência no Médio Oriente e a reforma "urgente" da ONU, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

"Expressamos sérias preocupações sobre o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio", diz o documento, sem menção direta a Trump ou aos EUA.

Marcada pelas ausências dos líderes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, que participaram virtualmente, a cimeira anual dos BRICS realizou-se domingo e hoje no Museu de Arte Moderna do Rio.

O bloco, inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem seis novos membros efetivos desde 2023: Egito, Irão, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Arábia Saudita e Indonésia.

Leia Também: Trump adia data limite de imposição para agosto (devia ser esta semana)

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