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Brasil defende acordo climático "ambicioso" e "universal"
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, defendeu hoje na Cimeira do Clima, em Nova Iorque, um acordo sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa "ambicioso" e com metas "robustas" e "vinculantes" para todos os países.
© Lusa
Mundo Dilma Rousseff
"O novo acordo climático precisa de ser universal, ambicioso e legalmente vinculante, respeitando os princípios e dispositivos de equidade e das responsabilidades comuns, porém diferenciadas", reforçou a líder brasileira na cimeira que decorre na véspera da abertura da reunião plenária Assembleia-geral das nações Unidas.
O Brasil faz parte do grupo de países que defendem que os países desenvolvidos devem assumir o ónus histórico das suas emissões, por terem sido os primeiros a industrializar-se, recebendo assim metas obrigatórias para a redução de emissões, além de garantir apoio financeiro e tecnológico aos países em desenvolvimento.
O conceito das responsabilidades diferenciadas foi adotado como base para o Protocolo de Quioto, de 1992, mas tem sido contestado nas últimas reuniões das Nações Unidas sobre o combate às alterações climáticas, que abriram a possibilidade de estender as metas obrigatórias também às nações emergentes.
Dilma Rousseff lembrou que o Brasil já tem feito a sua parte, desde que assumiu voluntariamente em 2009 metas para a redução de emissões e da desflorestação da Amazónia.
"Em dez anos, a desflorestação no Brasil foi reduzida em 79 por cento. Deixámos de lançar na atmosfera uma média anual de 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono", disse Rousseff, ao defender que a redução das emissões é "compatível" com o crescimento económico.
A Cimeira do Clima extraordinária, convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pretende pressionar o empenhamento dos mais de 120 líderes mundiais presentes em assumirem compromissos concretos de redução de emissões, em antecipação da próxima Convenção-Quadro sobre o futuro do Protocolo de Quioto.
No domingo, centenas de milhares de pessoas saíram à rua em manifestações em 160 cidades em todo o mundo para exigirem políticas ambientais mais efetivas.
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