Governo turco anuncia reuniões trilaterais na sexta-feira em Istambul

Istambul acolhe na sexta-feira reuniões trilaterais sobre o conflito na Ucrânia, em vez das conversações de paz que deveriam ter começado entre russos e ucranianos, adiantou hoje fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros turco.

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© Murat Gok/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
15/05/2025 21:36 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, reuniu-se hoje à noite com uma delegação russa liderada por Vladimir Medinskiy, conselheiro do presidente Vladimir Putin, no Palácio Dolmabahce.

 

A diplomacia turca referiu que o encontro terminou, sem adiantar mais pormenores e sem que as negociações entre russos e ucranianos começassem.

Nenhum dos lados conseguiu confirmar se negociações de paz diretas vão decorrer na sexta-feira, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Em vez disso, de acordo com o ministério turco, haverá "outra série de reuniões em formatos diferentes".

"Negociações trilaterais entre os Estados Unidos, a Ucrânia e a Turquia", por um lado, e entre "a Federação Russa, a Ucrânia e a Turquia", por outro, estão na agenda, adiantou a diplomacia turca, em comunicado.

"Não é certo que uma reunião se realize num formato quadripartido (Estados Unidos, Rússia, Ucrânia, Turquia)", acrescentou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manteve hoje mais cedo uma longa reunião com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara, e expressou a esperança de que as negociações com o lado russo começassem ainda na quinta-feira.

Em conferência de imprensa após um encontro com o homólogo turco, o Presidente ucraniano disse estar pronto para "negociações diretas" com o líder do Kremlin (presidência russa), que não viajou para a Turquia, mas lamentou que "infelizmente, [os russos] não estão a levar as negociações suficientemente a sério".

Volodymyr Zelensky destacou que os membros da delegação ucraniana em Istambul "terão um mandato para um cessar-fogo" e esta será "liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov".

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou, por sua vez, que se iria reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Sybiga, e que um "baixo funcionário norte-americano" se iria reunir com representantes russos.

Rubio manifestou a esperança de que a Turquia, o país anfitrião, reúna delegações ucranianas e russas.

Mas vincou hoje que "para ser franco", não tinha "grandes expectativas" para as negociações entre as delegações russa e ucraniana.

A Rússia anunciou na quarta-feira à noite a composição da delegação, que não inclui Putin, nem sequer o chefe da diplomacia de Moscovo, Serguei Lavrov, ou o conselheiro presidencial para as relações internacionais, Yuri Ushakov.

A delegação é chefiada pelo conselheiro presidencial Vladimir Medinsky, e integra os vice-ministros dos Negócios Estrangeiros Mikhail Galuzin e da Defesa Alexandr Fomin, além de uma série de peritos.

Moscovo e Kyiv culparam-se mutuamente pelo fracasso das primeiras conversações de paz realizadas na primavera de 2022 na Bielorrússia e depois na Turquia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Macron aborda com Leão XIV necessidade de paz na Ucrânia e em Gaza

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