"Na sequência das sirenes que soaram há pouco tempo em várias regiões de Israel, foi intercetado um míssil lançado do Iémen", declarou o exército em comunicado.
Esta é a terceira vez em três dias que o exército anuncia uma interceção deste tipo.
Os rebeldes Huthis, que controlam vastas áreas do Iémen, afirmaram mais tarde ter visado o aeroporto de Telavive "utilizando um míssil balístico hipersónico".
O porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, disse que o míssil "atingiu o seu alvo", embora não haja qualquer fonte que sustente esta reivindicação.
Em 04 de maio, um míssil Huthi atingiu pela primeira vez o perímetro do aeroporto internacional Ben-Gurion, um ataque que levou a maioria das companhias aéreas estrangeiras que servem Telavive a suspender os seus voos.
Em represália, o exército israelita realizou vários ataques contra alvos Huthis no Iémen, inutilizando o aeroporto de Sanaa e bombardeando centrais eléctricas e cimenteiras.
Os Huthis integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos radicais da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.
Em retaliação pelo anterior ataque dos Huthis, Israel alertou para a possibilidade de realizar ataques contra os portos de Ras Issa, Hodeida e Salif, no Iémen.
"Devido à utilização de portos marítimos pelo regime terrorista dos Huthis para atividades terroristas, pedimos às pessoas que se encontram nesses portos que se retirem e que se mantenham afastadas até nova ordem", escreveu o porta-voz do Exército israelita, Avichay Adraee, nas redes sociais.
Os Huthis, que controlam grande parte do Iémen com o apoio do Irão, reivindicaram na terça-feira o ataque contra o aeroporto Ben-Gurion, em Telavive, com um "míssil balístico hipersónico".
Israel afirmou que o projétil foi neutralizado pelas defesas aéreas.
Yahya Sarea, porta-voz dos Huthis, disse em comunicado que os ataques contra Israel só vão terminar após o fim da agressão contra a Faixa de Gaza.
Os Huthis iniciaram ataques contra a navegação comercial na região do Mar Vermelho, em novembro de 2023, para prejudicar economicamente Israel, em alegada solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas na guerra na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que lançou dezenas de ataques diretos contra território israelita.
As ações dos Huthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, uma região vital para o comércio global, levaram ao início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Em 06 de maio, Omã anunciou que os Huthis e os Estados Unidos concordaram com um cessar-fogo, pouco depois de o Presidente norte-americano declarar o fim dos ataques no Iémen, apesar de persistirem as hostilidades entre o grupo rebelde e Israel.
O enviado da ONU para o Iémen manifestou na quarta-feira preocupação com a "escalada perigosa" entre Israel e os Huthis, quando o Exército israelita continua os ataques de retaliação às ações hostis do grupo iemenita.
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