Os países do Médio Oriente têm-se esforçado para impressionar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A chegada do norte-americano ao Qatar na quarta-feira, depois de ter passado pela Arábia Saudita, envolveu caças das Forças Armadas, paradas militares, escolta com cybertrucks da Tesla, receção com tapete vermelho e até um desfile de camelos.
Todo o aparato tem feito com que Trump manifeste alguma inveja dos anfitriões árabes. O magnata republicano admirou o mármore do palácio catari como "perfeito" e "muito difícil de comprar". Elogiou as "maravilhas brilhantes" do horizonte da Arábia Saudita e queixou-se do avião "muito mais pequeno" e "muito menos impressionante" que é o Air Force One.
Para um antigo promotor imobiliário com gostos extravagantes, a viagem tem sido uma espreitadela tentadora na vida dos governantes árabes mais opulentos.
Donald Trump given Cybertruck motorcade through Doha, Qatar today 🇶🇦pic.twitter.com/jwLKIHFD0F
— Dima Zeniuk (@DimaZeniuk) May 14, 2025
A admiração do presidente republicano reflete uma visão estética e política em desacordo com a tradição norte-americana. Depois de declararem a independência da monarquia britânica, os fundadores quiseram evitar tudo o que sugerisse realeza. Mesmo quando os Estados Unidos emergiram como superpotência global, o país e os seus líderes enfatizaram uma fachada de humildade.
Esta é a primeira grande viagem do chefe de Estado dos Estados Unidos ao estrangeiro, durante o segundo mandato, e prevê passagem pelas três nações mais ricas do Médio Oriente: Arábia Saudita, Qatar e, esta quinta-feira, os Emirados Árabes Unidos.
🇺🇸🇸🇦 High-Profile Welcome: Saudi Fighter Jets Escort Trump’s Plane Into Riyadh as He Kicks Off First Middle East Tour pic.twitter.com/oGxvogAeaj
— Militant Tracker 🇶🇦 (@MilitantTracker) May 13, 2025
O objetivo será negociar acordos económicos de investimento numa região que tem sido assolada pela instabilidade geopolítica. Karoline Leavitt, a secretária de imprensa da Casa Branca, já tinha avançado que Trump está a fazer a viagem para “comércio e intercâmbios culturais”.
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