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Arábia Saudita, Jordânia e Egito aplaudem reconhecimento da Palestina

Arábia Saudita, Jordânia e Egito aplaudiram hoje a decisão de Espanha, Irlanda e Noruega de reconhecer a Palestina como Estado, defendendo que vai ajudar à paz e pedindo à comunidade internacional para avançar no mesmo sentido.

Arábia Saudita, Jordânia e Egito aplaudem reconhecimento da Palestina
Notícias ao Minuto

13:48 - 22/05/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O reino [da Arábia Saudita] aplaude esta decisão dos países amigos, que confirma o consenso internacional sobre o direito inerente do povo palestiniano à autodeterminação, e apela aos restantes países para que adotem rapidamente esta mesma decisão", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Riade, em comunicado publicado na rede social X.

O reconhecimento "contribuirá para encontrar uma forma fiável e irreversível de alcançar uma paz justa e duradoura que materialize os direitos dos palestinianos", acrescentou.

Por isso, o ministério saudita apelou à comunidade internacional, e, "em particular, aos membros permanentes do Conselho de Segurança [da ONU] que ainda não reconheceram o Estado da Palestina", para que acelerem o processo.

O reconhecimento do Estado palestiniano deve respeitar "as fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital, para que o povo palestiniano possa desfrutar dos seus direitos legítimos e alcançar uma paz justa e abrangente para todos", referiu Riade no mesmo comunicado.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, elogiou a decisão, numa conferência de imprensa hoje realizada em Amã com o seu homólogo húngaro, Péter Szijjártó.

"Saudamos o reconhecimento (...) do Estado da Palestina e apreciamos as decisões que consolidam o caminho para a paz e a solução de dois Estados", afirmou o da Jordânia.

Safadi adiantou esperar que outros países se juntem à Espanha, à Noruega e à Irlanda num "movimento mais amplo, que impõe a paz e coloca o mundo inteiro e a região num caminho claro para uma paz justa e duradoura, sem a qual nenhuma outra solução garantirá a segurança e estabilidade para a Palestina, Israel e toda a região".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio expressou-se em termos semelhantes, apelando, numa declaração hoje divulgada, "aos países que ainda não deram este passo para avançarem no sentido do reconhecimento do Estado da Palestina, a fim de defenderem os valores, a justiça, a equidade e apoiarem os direitos legítimos dos palestinianos".

Por outro lado, o ministro jordano condenou as "ações ilegais" do Governo israelita, em particular, a visita que o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, da extrema-direita, fez hoje à Esplanada das Mesquitas, na cidade de Jerusalém Oriental, ocupada por Israel.

Ben Gvir reiterou, na visita, que Israel não permitirá a declaração da Palestina como Estado.

Safadi referiu-se também a uma declaração feita hoje pelo ministro das Finanças israelita, também da extrema-direita, Bezalel Smotrich, na qual propunha a criação de um colonato na Cisjordânia ocupada por cada país que reconhecesse unilateralmente o Estado palestiniano.

"As decisões de Israel de construir novos colonatos são uma mensagem de que o país continua a agir ilegalmente e a destruir as hipóteses de paz", disse Safadi.

A Espanha, a Irlanda e a Noruega anunciaram hoje que vão reconhecer o Estado da Palestina em 28 de maio, o que levou Israel a chamar os seus embaixadores nestes três países para consultas.

Os anúncios destes três países elevam para 146 o número de Estados-membros das Nações Unidas que reconhecem o Estado da Palestina.

Malta e a Eslovénia também afirmaram que poderiam dar este passo em breve, enquanto Israel criticou todas estas decisões e afirmou que terão um impacto negativo na região.

Leia Também: Eslovénia juntar-se-á ao reconhecimento da Palestina "nos próximos dias"

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