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Dois motoristas da Cruz Vermelha mortos no Sul do Sudão

Dois motoristas do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foram mortos hoje e três membros da sua equipa foram feridos por homens armados na região do Darfur, no Sul do Sudão, anunciou o CICV num comunicado em Genebra.

Dois motoristas da Cruz Vermelha mortos no Sul do Sudão
Notícias ao Minuto

20:47 - 02/05/24 por Lusa

Mundo Sudão

"A equipa regressava de Layba para avaliar a situação humanitária nas comunidades afetadas pela violência armada na região quando ocorreu a tragédia", referiu o comunicado.

"Estamos profundamente tristes pelos nossos queridos colegas. Apresentamos as nossas sinceras condolências às suas famílias e esperamos uma rápida recuperação dos nossos colegas feridos", disse o chefe da delegação do CICV no Sudão, Pierre Dorbes.

Segundo o comunicado, a prioridade do CICV é apoiar as pessoas mais afetadas por esta tragédia, em particular as famílias, os entes queridos e os colegas das vítimas.

Desde abril de 2023, o Sudão é palco de uma guerra entre o exército do general Abdel Fattah al-Burhan e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), sob o comando do general Mohamed Hamdane Daglo.

O CICV "apela à proteção imediata de todos os civis, incluindo os trabalhadores humanitários e o pessoal médico. Estes nunca devem ser alvo de ataques diretos".

A violência sexual e étnica e as queimadas de terras recomeçaram em Darfur, desde o início da guerra.

A guerra já causou milhares de mortes, destruiu as já precárias infraestruturas do Sudão e deslocou mais de 8,5 milhões de pessoas, segundo as Nações Unidas.

À violência juntam-se os receios de fome neste país de 48 milhões de habitantes.

De acordo com o Programa Alimentar Mundial (PAM), em Darfur, onde vive um quarto da população sudanesa, "há menos 78% de alimentos do que no ano passado".

O CICV está presente no Sudão desde 1978 e, desde abril de 2023 e o início das hostilidades, a organização tem fornecido material médico aos hospitais próximos ou nas zonas de conflito, ajudando as famílias separadas a manter o contacto com os seus entes queridos e promovendo o direito internacional humanitário.

O CICV está também a trabalhar com as autoridades locais no domínio da água para melhorar o acesso da população à água potável, acrescentou.

Leia Também: Novo líder da Cruz Vermelha afasta substituição da UNRWA em Gaza

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