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Da UE a Omã. Comunidade apela a contenção depois de explosões no Irão

Várias explosões no centro do Irão foram relatadas hoje de madrugada e considerados por responsáveis norte-americanos citados pela imprensa como uma retaliação de Israel pelos ataques sem precedentes de 'drones' e mísseis no fim de semana passado.

Da UE a Omã. Comunidade apela a contenção depois de explosões no Irão
Notícias ao Minuto

13:48 - 19/04/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

A agência de notícias iraniana Tasnim, no entanto, indicou, citando "fontes bem informadas", que não havia "nenhuma informação que indicasse um ataque vindo do exterior".

Numa reação ainda cautelosa, vários países e organizações internacionais apelaram à contenção.

Israel e EUA sem comentários 

"Não temos comentários neste momento", disse um porta-voz do exército israelita, citado pela agência de notícias francesa AFP, sobre as explosões.

A Casa Branca, por sua vez, também não fez ainda comentários oficiais.

No entanto, os canais norte-americanos NBC e CNN, citando respetivamente fontes familiarizadas com o assunto e um responsável norte-americano, relataram que Israel tinha avisado Washington antecipadamente sobre o ataque, mas que os EUA não aprovaram nem participaram na operação.

Nações Unidas 

A ONU pediu qu as partes e países terceiros façam tudo para diminuir a tensão e admitiu que a situação já é, por si mesma, preocupante.

"Pedimos a todas as partes que tomem medidas para diminuir [a tensão da] situação", afirmou o porta-voz do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), Jeremy Laurence.

"Apelamos a países terceiros, especialmente àqueles com influência, para que façam tudo ao seu alcance para garantir que não haja mais deterioração numa situação já extremamente precária", acrescentou.

União Europeia

A presidente da Comissão Europeia sublinhou a importância de manter a estabilidade da região e apelou a que não haja mais retaliações.

"É absolutamente necessário que a região permaneça estável e que todas as partes se abstenham de qualquer ação adicional", afirmou Ursula von der Leyen.

"Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que todas as partes se abstenham de qualquer escalada [do conflito] nesta região", defendeu.

G7

Os chefes da diplomacia do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) exigiram ao Irão e grupos afiliados que parem de atacar e ameaçou impor mais sanções.

Os líderes pediram ainda a "todas as partes" para "evitarem uma nova escalada" das tensões na região.

China

Pequim também pediu uma diminuição das tensões e avisou os seus cidadãos, através da embaixada chinesa no Irão, para que tomem "precauções de segurança".

"A China opõe-se a qualquer ação que possa levar a uma escalada de tensões", sublinhou um porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian.

"Vamos continuar a desempenhar um papel construtivo para um arrefecimento" do conflito, acrescentou.

Rússia

O Kremlin (presidência russa) pediu contenção às partes, mas escusou-se a apontar eventuais responsáveis pelo ataque desta madrugada.

"Continuamos a encorajar as partes a exercerem contenção e a absterem-se de qualquer ação que possa provocar uma nova escalada numa região tão sensível", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

França

Para o Governo francês, é imprescindível acalmar os ânimos na região e mostrar contenção.

"A posição da França é apelar a todos os parceiros da região para acalmarem a escalada e mostrarem contenção", afirmou o ministro francês para a Europa, Jean-Noël Barrot.

Reino Unido

O apelo à contenção também foi a posição assumida pelo Reino Unido, país que evitou apontar a culpa a qualquer das partes.

"Uma escalada significativa [das tensões] não é do interesse de ninguém", garantiu o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, acrescentando que o ideal é que "a calma prevaleça na região".

"Esta é uma situação em evolução e não seria correto especular até que os factos sejam esclarecidos", referiu ainda.

Alemanha

O Governo alemão alinhou na posição de pedir calma e contenção perante a situação.

"A diminuição da tensão deve ser a mensagem do momento", defendeu um porta-voz do chanceler alemão Olaf Scholz.

Turquia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros turco alertou para o risco de um "conflito permanente" e atribuiu o ataque do Irão a uma retaliação de Israel.

"Torna-se cada vez mais evidente que as tensões inicialmente causadas pelo ataque ilegal de Israel à embaixada iraniana em Damasco correm o risco de se transformar num conflito permanente", afirmou o Governo, apelando também à contenção das partes.

Omã

Omã, um país do Golfo que há muito atua como mediador entre Teerão e o Ocidente, condenou Israel pela situação na região.

"O ataque israelita desta manhã a Isfahan, na República Islâmica do Irão, bem como as repetidas agressões militares de Israel na região" são a causa dos conflitos, referiu o sultanato em comunicado.

Egito

O Governo egípcio admitiu estar preocupado com o conflito entre Israel e o Irão e com a possibilidade de se alastrar a toda a região.

"O Egito reitera a sua profunda preocupação com a escalada [da tensão] entre o Irão e Israel e alerta para uma expansão regional do conflito", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

É preciso "intensificar os contactos com as partes interessadas ou influentes, a fim de conter as tensões e a escalada em curso", sublinhou.

Austrália 

O executivo australiano admitiu estar preocupado com a possibilidade de o conflito provocar ataques terroristas.

Há "uma forte ameaça de represálias militares e ataques terroristas", avisou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, instando os australianos em Israel e nos Territórios Palestinianos a saírem desses locais.

AIEA

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) apelou também à contenção, lembrando o risco em causa.

Embora tenha garantido que não foi observado "nenhum dano" nas instalações nucleares, a agência pediu "a todos que mostrem extrema contenção".

Leia Também: AO MINUTO: Ataques entre Israel e Irão "acabaram"?; Rússia pede contenção

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