© Fatemeh Bahrami/Anadolu via Getty Images
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Israel/Irão
Depois de múltiplas ameaças, Israel cumpriu e lançou um ataque contra o Irão na madrugada desta sexta-feira, em resposta aos disparos iranianos contra território israelita.
Apesar das "fortes explosões" reportadas, especificamente, na província de Isfahan (centro), o Exército de Israel ainda não confirmou a autoria do ataque, tendo referindo apenas que, "de momento", não tinha comentários a fazer.
Israel anunciou também que as sirenes de alerta foram ativadas no norte.
De notar que o país prometeu responder aos ataques do Irão nos últimos dias, apesar dos apelos da comunidade internacional para evitar uma escalada de tensões no Médio Oriente.
O ataque do Irão contra Israel, com centenas de drones e mísseis, recorde-se, surgiu como retaliação ao bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
EM DIRETO
Boa noite. Terminamos esta cobertura AO MINUTO sobre as tensões vividas no Médio Oriente, depois de Israel ter lançado um ataque contra o Irão, na madrugada desta sexta-feira. Obrigada, desde já, por ter estado desse lado.
Pelo menos uma pessoa morreu e outras oito ficaram feridas na sequência de grande explosão provocada por um ataque aéreo de origem desconhecida numa base militar usada pelas Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF), que incluem milícias apoiadas pelo Irão, no sul de Bagdad, esta noite de sexta-feira.
A informação foi avançada pela AFP, que adiantou que a explosão atingiu a base de Calso, onde o antigo grupo paramilitar pró-iraniano Hashed al-Shaabi está mobilizado, disse uma fonte do Ministério do Interior.
Ocorreu uma grande explosão numa base militar usada pelas Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF), que incluem milícias apoiadas pelo Irão, no sul de Bagdad, esta noite de sexta-feira, segundo disseram duas fontes do Exército à agência Reuters.
O incidente ter-se-á devido a um ataque aéreo de origem desconhecida, de acordo com o mesmo meio.
O ataque não provocou vítimas, ainda que tenha causado danos materiais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian, acusou hoje os meios de comunicação ligados ao "regime sionista" de tentarem engrandecer o ataque israelita à cidade de Isfahan, com o objetivo de atribuir uma vitória a Israel.
"Os meios de comunicação social que apoiam o regime sionista tentaram, numa tentativa desesperada, extrair uma vitória das suas repetidas derrotas e ampliar esta questão", frisou Amir-Abdollahian.
A Casa Branca recusou hoje pronunciar-se sobre o alegado ataque israelita desta madrugada ao Irão, que, segundo a comunicação social norte-americana, foi realizado com mísseis, embora a operação não tenha sido assumida por Israel.
A porta-voz da Presidência dos Estados Unidos, Karine Jean-Pierre, foi repetidamente questionada numa conferência de imprensa sobre a informação e a posição dos Estados Unidos, mas escusou-se a falar sobre o assunto.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou hoje que Moscovo, após falar com Teerão, transmitiu a Israel que o Irão não quer uma escalada do conflito.
"Houve contactos telefónicos entre os líderes da Rússia e do Irão, entre os nossos representantes e os israelitas. Deixámos muito claro nestas conversas, e transmitimos aos israelitas, que o Irão não quer uma escalada", declarou o chefe da diplomacia russa numa entrevista a três estações de rádio russas.
O presidente ucraniano afirmou hoje que o seu país, sob invasão e ataques constantes da Rússia, precisa de sete sistemas de defesa anti-mísseis Patriot ou semelhantes de países NATO, criticando o pouco apoio recebido em comparação com Israel.
Numa mensagem na rede social Telegram, Volodymyr Zelensky deixou um caderno de encargos para garantir a segurança dos céus do seu país: "Mais sete MIM-104 Patriot ou semelhantes, é o número mínimo de que precisamos. Podem salvar muitas vidas e alterar realmente a situação. Vocês têm isso".
A publicação acompanhava um vídeo da intervenção do Presidente da Ucrânia hoje numa reunião por videoconferência com os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e o seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, em que deixou duras críticas à diferença de tratamento em relação a Israel, que no último fim de semana repeliu quase totalmente um ataque do Irão com centenas de 'drones' e mísseis balísticos graças aos sistemas antimísseis israelitas e apoio de países NATO, sobretudo dos Estados Unidos.
"A diferença na determinação para proteger umas vidas em detrimento de outras é tão estranha, num lado é mais forte, no outro é fraca, num lado os Shahed-139 ['drones' iranianos] são abatidos, no outro podem voar livremente e cumprir a sua trajetória de terror", criticou Zelensky.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, disse, esta sexta-feira, que os drones israelitas lançados contra a cidade iraniana de Isfahan não provocaram "estragos ou vítimas".
"Os apoiantes dos meios de comunicação social do regime sionista, num esforço desesperado, tentaram tornar a sua derrota numa vitória, mas os mini-drones abatidos não causaram quaisquer danos ou vítimas", disse, citado pela agência Reuters.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Nasser Kanani, considerou, esta sexta-feira, que o veto dos Estados Unidos à adesão em pleno direito da Palestina à Organização das Nações Unidas (ONU) é "irresponsável", tendo em conta a falta de oposição por parte de qualquer outro membro do Conselho de Segurança do organismo.
"A ação de Washington expôs a natureza fraudulenta da política externa dos EUA e a sua posição isolada", disse, citado pela AFP.
O responsável salientou, por isso, que a decisão dos EUA foi "irresponsável" e "não construtiva".
O país considera que um Estado palestiniano independente deveria ser estabelecido através de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestiniana.
Notícias ao Minuto com Lusa | 22:33 - 18/04/2024O Congresso dos EUA propôs a implementação de pacote de segurança nacional de 95 milhões de dólares (cerca de 89.072.475 euros) que dará ajuda adicional a Israel.
A medida abrangeria também o fornecimento de apoio humanitário a Taiwan e à Ucrânia, de acordo com a Associated Press.
A Câmara de Representantes do Congresso dos EUA deu hoje sinais de que pode aprovar no sábado o pacote de ajuda externa para a Ucrânia, Israel e Taiwan, apesar da oposição da fação radical da bancada republicana.
Lusa | 19:17 - 19/04/2024Os Estados Unidos sancionaram, esta sexta-feira, duas entidades que terão ajudaram a recolher dezenas de milhares de dólares para dois extremistas violentos na Cisjordânia que já tinham sido alvo de sanções norte-americanas, anunciou o Departamento do Tesouro daquele país.
As organizações não-governamentais de extrema-direita Mount Temple Fund e Shlom Asiraich foram as visadas, de acordo com a agência Reuters.
Se Mount Hebron Fund lançou uma campanha online de angariação de fundos para o colono Yinon Levi, que acumulou 140 mil dólares (cerca de 131.138 euros), depois de ter sido sancionado por liderar um grupo de colonos que atacou civis palestinianos e beduínos, Shlom Asiraich arrecadou 31 mil dólares (cerca de 29.043 euros) numa campanha de crowdfunding para David Chai Chasdai, que iniciou e liderou um motim que resultou na morte de um civil palestiniano, em Huwara.
Também foi sancionado Ben-Zion Gopstein, fundador e líder do grupo de direita Lehava, que se opõe à assimilação judaica com não-judeus. Os Estado Unidos apontaram que os membros do grupo "envolveram-se em violência, incluindo ataques a civis palestinianos".
Os Estados Unidos anunciaram hoje sanções contra duas entidades acusadas de arrecadar fundos para colonos extremistas de Israel já sancionados e acusados de atacar regularmente palestinianos na Cisjordânia.
Lusa | 20:14 - 19/04/2024O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou hoje "qualquer ato de retaliação" no Médio Oriente, num apelo para a contenção horas após Israel ter prosseguido o fogo cruzado com o Irão, lançando vários 'drones' sobre a localidade de Isfahan.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou hoje "qualquer ato de retaliação" no Médio Oriente, num apelo para a contenção horas após Israel ter prosseguido o fogo cruzado com o Irão, lançando vários 'drones' sobre a localidade de Isfahan.
Lusa | 15:00 - 19/04/2024O presidente turco Recep Tayyip Erdogan reagiu ao ataque ao Irão lamentando a falta de liderança internacional e afirmando que não é ainda possível tirar conclusões sobre o sucedido.
"Israel diz coisas diferentes, o Irão tem opiniões diferentes. Ninguém reivindicou o [ataque]. E não há nenhuma declaração razoável até agora. Não se pode dizer que 'o que o Irão diz está certo'. Também não se pode dizer 'o que Israel diz está certo'", disse em declarações aos jornalistas em Istambul, citado pela CNN.
O chefe do Exército iraniano, Abdulrahim Mousavi, anunciou hoje que as autoridades estão a investigar a dimensão do alegado ataque de 'drones' realizado hoje por Israel contra a cidade de Isfahan.
"Especialistas estão a investigar a extensão do ataque e apresentarão um relatório assim que tiverem resultados", garantiu Mousavi, que destacou que os sistemas de defesa aérea derrubaram "objetos suspeitos" sobre Isfahan e que não houve vítimas.
O chefe do Exército iraniano, Abdulrahim Mousavi, anunciou hoje que as autoridades estão a investigar a dimensão do alegado ataque de 'drones' realizado hoje por Israel contra a cidade de Isfahan.
Lusa | 14:15 - 19/04/2024O Iraque detetou a passagem de objetos no espaço aéreo iraquiano em direção ao Irão, disse hoje uma fonte oficial de Bagdade, enquanto persiste a confusão sobre explosões ocorridas numa cidade iraniana.
Os Estados Unidos negaram hoje qualquer envolvimento numa operação ofensiva, após relatos de ataques de retaliação israelita contra o Irão.
Os EUA "não estiveram envolvidos numa operação ofensiva", afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, citado pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos negaram hoje qualquer envolvimento numa operação ofensiva, após relatos de ataques de retaliação israelita contra o Irão.
Lusa | 13:47 - 19/04/2024Várias explosões no centro do Irão foram relatadas hoje de madrugada e considerados por responsáveis norte-americanos citados pela imprensa como uma retaliação de Israel pelos ataques sem precedentes de 'drones' e mísseis no fim de semana passado.
Numa reação ainda cautelosa, vários países e organizações internacionais apelaram à contenção.
Várias explosões no centro do Irão foram relatadas hoje de madrugada e considerados por responsáveis norte-americanos citados pela imprensa como uma retaliação de Israel pelos ataques sem precedentes de 'drones' e mísseis no fim de semana passado.
Lusa | 13:48 - 19/04/2024A polícia francesa isolou, esta sexta-feira, o consulado iraniano em Paris, onde um homem terá ameaçado fazer-se explodir, noticiou a Reuters. O homem já foi detido.
Segundo o Le Parisien, no local encontra-se um grande aparato policial, havendo testemunhas que indicam que pelas 11h desta manhã viram um homem com explosivos agarrados ao corpo a entrar no local. Este terá ameaçado fazer-se explodir em retaliação pela morte de um irmão.
Intervention en cours de la BRI à l’ambassade d’Iran à #Paris.
— CLPRESS / Agence de presse (@CLPRESSFR) April 19, 2024
Un homme porteur d’explosifs aurait été signalé. pic.twitter.com/XS57jRCWbK
O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, falou hoje sobre a situação no Médio Oriente, mas sem referir as explosões registadas algumas horas antes no centro do país, que Teerão não relacionou com as tensões com Israel.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 condenaram hoje o recente ataque "inaceitável" do Irão contra Israel e ameaçaram Teerão com novas sanções, exortando "todas as partes" a evitar nova escalada da violência na região instável do Médio Oriente.
A Rússia apelou à "contenção" depois de Israel ter lançado um ataque militar contra o Irão, um país com o qual o Kremlin tem uma estreita parceria estratégica.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse durante um telefonema com jornalistas, que a Rússia está a "estudar" os detalhes do ataque e que seria "prematuro fazer comentários" até que a sua natureza se torne clara.
"Em qualquer caso, aconteça o que acontecer, continuamos a defender a contenção por parte das partes e a recusa de ações que possam provocar uma nova escalada de tensão numa região tão difícil", sublinhou, citado pela CNN.
O líder da oposição israelita, Yair Lapid, criticou o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, por um "tweet imperdoável" que foi interpretado como uma ridicularização ao ataque militar contra o Irão.
O governante, recorde-se, referiu-se ao alegado ataque como tendo sido "fraco". O ex-primeiro-ministro Lapid considerou que, desta forma, Ben Gvir "gozou e envergonhou Israel".
"Nunca antes um ministro do Gabinete de Segurança tinha causado danos tão graves à segurança do país, à sua imagem e ao seu estatuto internacional", acrescentou, citado pela CNN Internacional.
A Lufthansa cancelou todos os voos para Telavive e Erbil até sábado, noticia a Sky News.
"A segurança dos passageiros e das tripulações é sempre a nossa principal prioridade", afirmou, acrescentando que o "Grupo Lufthansa não se baseia apenas em avaliações governamentais" para tomar "as suas próprias decisões".
Na sequência do ataque desta manhã, um grupo de militares foi visto junto às instalações nucleares do Irão.
Os militares foram vistos na central de Zardanjan, em Isfahan, depois de as autoridades iranianas terem garantido que as instalações estão "completamente seguras".
Central nuclear© Reuters/WANA
O primeiro-ministro britânico afirmou esta manhã que embora Israel tenha o direito de se defender, que não será do "interesse de ninguém que haja uma escalada do conflito.
"Como disse ao primeiro-ministro Netanyahu quando falei com ele na semana passada, e de uma forma mais geral, uma escalada significativa não é do interesse de ninguém. O que queremos ver é a calma a prevalecer em toda a região", afirmou Rishi Sunak.
A China disse hoje que se opõe a qualquer ação que provoque uma escalada da tensão no Médio Oriente.
"A China está atenta aos acontecimentos", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, numa conferência de imprensa, acrescentando que a China "continuará a desempenhar um papel construtivo" no desescalada da situação.
Uma fonte dos serviços secretos regionais, com conhecimento da potencial reação do Irão ao ataque de sexta-feira, , disse que os ataques diretos entre os dois inimigos "acabaram".
A fonte, que segundo a CNN não está autorizada a falar publicamente e fê-lo sob condição de anonimato, fez saber que não é expetável que o Irão responda aos ataques. Segundo o mesmo, as autoridades governamentais iranianas têm procurado minimizar o impacto do ataque.
O Exército iraniano não esclarece se Teerão vai responder ao alegado ataque de Israel contra Isfahan, centro do Irão indicando apenas que os sistemas de defesa neutralizaram "micro 'drones'".
"Graças à nossa vigilância, os objetos voadores foram atingidos", disse o comandante-chefe do exército iraniano, major-general Abdul Rahim Mousavi, à agência de notícias de defesa iraniana Defa Press.
O Exército iraniano não esclarece se Teerão vai responder ao alegado ataque de Israel contra Isfahan, centro do Irão indicando apenas que os sistemas de defesa neutralizaram "micro 'drones'".
Lusa | 09:36 - 19/04/2024Vários países, entre os quais a França, Reino Unido e a Itália, pediram hoje a desescalada do conflito e contenção a Israel e ao Irão, após informações divulgadas sobre um alegado ataque israelita contra o território iraniano.
Vários países, entre os quais a França, Reino Unido e a Itália, pediram hoje a desescalada do conflito e contenção a Israel e ao Irão, após informações divulgadas sobre um alegado ataque israelita contra o território iraniano.
Lusa | 09:16 - 19/04/2024A ministra dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, Hanke Bruins, descreveu os últimos acontecimentos como “preocupantes” e disse estar a “acompanhar a situação de perto”.
"É de crucial importância que a escalada do conflito seja prevenida", escreveu no X [antigo Twitter].
We are closely monitoring the situation in #Iran. The recent developments in the Middle East are deeply worrying. It is of paramount importance that further escalation is prevented.
— Hanke Bruins Slot (@HankeBruinsSlot) April 19, 2024
As principais bolsas europeias estavam hoje em baixa, pendentes do ataque de Israel contra o Irão, cujo Exército deu a entender que não irá responder.
Às 08:45 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,78% para 495,80 pontos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou, esta sexta-feira, à contenção no Médio Oriente.
"É absolutamente necessário que a região permaneça estável e que todas as partes se abstenham de lançar novas ações", disse, numa conferência de imprensa a partir da Finlândia. "Temos de fazer tudo o que for possível para evitar uma escalada", acrescentou, citada pela Reuters.
As autoridades militares iranianas indicaram hoje que os sistemas de defesa do país "dispararam contra objetos suspeitos" que não causaram danos, no meio de especulações sobre um possível ataque de mísseis israelitas.
As autoridades militares iranianas indicaram hoje que os sistemas de defesa do país "dispararam contra objetos suspeitos" que não causaram danos, no meio de especulações sobre um possível ataque de mísseis israelitas.
Lusa | 08:47 - 19/04/2024O ministro israelita da Segurança Nacional, o ultranacionalista Itamar Ben Gvir, pareceu reagir, nas redes sociais, ao alegado atacado de Israel contra o Irão, na madrugada desta sexta-feira.
O governante, que tinha defendido que Israel devia ser "violento" em resposta ao ataque do Irão do último fim de semana, escreveu apenas uma palavra na rede social X (antigo Twitter). "Fraco", lê-se.
דרדל׳ה!
— איתמר בן גביר (@itamarbengvir) April 19, 2024
Em resposta às notícias de que Israel lançou um ataque aéreo em solo iraniano, Jean-Noel Barrot, ministro dos Negócios Estrangeiros de França, apelou ao desanuviamento no Médio Oriente.
"Tudo o que posso dizer é que a França apela a todos os intervenientes para o desanuviamento e à contenção", disse Barrot à Sud Radio.
O ministro do Trabalho e Pensões britânico, Mel Stride, afirmou hoje que Israel tem o direito de se defender, embora garanta que estão a tentar convencer os seus parceiros israelitas a trabalhar em prol do fim do conflito.
"A nossa posição, enquanto Governo, é reconhecer claramente que Israel tem o direito de se defender. Ao mesmo tempo, estamos a pressionar os nossos aliados israelitas e outros na região para que trabalhem arduamente no sentido de uma diminuição da escalada", disse em declarações à Times Radio.
O Irão não tem planos de retaliação imediata contra o aparente ataque israelita desta madrugada.
A informação é avançada por um alto funcionário iraniano à Reuters.
A mesma fonte indica que o país está ainda a analisar se a operação se tratou de uma "infiltração" em vez de um ataque, uma vez que a "origem estrangeira do incidente não foi confirmada".
"Não recebemos qualquer ataque externo e a discussão inclina-se mais para uma infiltração do que para um ataque."
O secretário da Defesa dos EUA terá estado à conversa com o ministro da Defesa de Israel momentos antes do ataque protagonizado contra o Irão.
Segundo a CNN Internacional, Lloyd Austin e o israelita Yoav Gallant falaram na quinta-feira de manhã sobre "ameaças regionais e os comportamentos destabilizadores do Irão no Médio Oriente".
A conversa aconteceu através de chamada telefónica e terá acontecido antes do ataque. Contudo, o Pentágono não faz qualquer referência a conversações sobre o plano de Israel em atacar o Irão.
A Austrália pediu hoje aos seus cidadãos para saírem de Israel e dos territórios palestinianos, depois de explosões no Irão e na Síria, suscitando receios de um alargamento do conflito entre Israel e o Hamas.
A Austrália pediu hoje aos seus cidadãos para saírem de Israel e dos territórios palestinianos, depois de explosões no Irão e na Síria, suscitando receios de um alargamento do conflito entre Israel e o Hamas.
Lusa | 07:23 - 19/04/2024O ataque aéreo que Israel lançou hoje de madrugada contra o Irão pretendeu demonstrar a Teerão que os israelitas têm capacidade para chegar ao centro do país persa com as suas armas, noticiou hoje o The Washington Post.
O jornal norte-americano revelou que uma fonte oficial israelita confirmou o ataque aéreo no interior do Irão, em retaliação ao bombardeamento iraniano contra Israel entre a noite de sábado e a madrugada de domingo.
A fonte, que não quis ser identificada, disse que não foi determinado se o ataque causou danos.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AEIA) disse, esta sexta-feira, que não se registaram danos nas instalações nucleares do Irão durante o alegado ataque de Israel, referindo que está a acompanhar a situação "de muito perto". Além disso, apela a uma "extrema contenção".
A informação confirma o que já tinha sido dito pelo Irão. As autoridades iranianas haviam dito que as instalações nucleares iranianas na província de Isfahan estão "completamente seguras", escreveu a agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária Iraniana, órgão responsável pela segurança dos centros atómicos do país.
IAEA can confirm that there is no damage to #Iran’s nuclear sites. DG @rafaelmgrossi continues to call for extreme restraint from everybody and reiterates that nuclear facilities should never be a target in military conflicts. IAEA is monitoring the situation very closely. pic.twitter.com/4F7pAlNjWM
— IAEA - International Atomic Energy Agency ⚛️ (@iaeaorg) April 19, 2024
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicou que Israel atacou hoje uma posição militar no sul da Síria, no mesmo dia em que foram registadas explosões no centro do Irão.
"Os ataques israelitas visaram uma posição de radar do exército sírio entre as províncias de Sueida e Dera", disse Rami Abdel Rahman, diretor da organização não-governamental OSDH, sediado no Reino Unido e com uma rede de informadores no terreno.
As ligações aéreas foram hoje retomadas nos dois aeroportos de Teerão, depois de terem sido suspensas na sequência de explosões registadas no Irão, disse a agência de notícias oficial IRNA
Os aviões voltaram a aterrar e descolar dos aeroportos internacionais Imam Khomeini e Mehrabad, notou a IRNA, indicando que um voo de Roma, que tinha sido desviado para Ancara, capital da Turquia, era esperado em Teerão.
A agência de notícias iraniana IRNA informou hoje que não foram registados danos significativos na sequência das explosões ouvidas durante a madrugada no país.
"Na sequência da ativação da defesa aérea em certas regiões" do Irão "não foram registados danos nem explosões significativos ", escreveu a agência.
A IRNA acrescentou que "não foi recebida qualquer informação sobre o disparo de sistemas de defesa antimíssil".
As instalações nucleares iranianas na província de Isfahan estão "completamente seguras", escreveu a agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária Iraniana, órgão responsável pela segurança dos centros atómicos do país.
O exército israelita disse à agência de notícias France-Presse que "de momento" não tem comentários a fazer sobre as explosões registadas hoje perto de uma base militar no centro do Irão.
"Não temos comentários de momento", disse um porta-voz do exército, depois de Israel ter prometido responder ao ataque sem precedentes lançado por Teerão no passado fim de semana.
Vários drones foram hoje "abatidos com êxito" pela defesa aérea iraniana, mas não há informações sobre um possível ataque com mísseis "até agora", disse o porta-voz da agência espacial iraniana.
"Até agora, não houve qualquer ataque aéreo fora de Isfahan e de outras partes do país", afirmou Hossein Dalirian, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), na sequência de relatos na televisão norte-americana sobre um alegado ataque israelita ao Irão.
De acordo com a cadeia de televisão norte-americana ABC News, que citou um responsável dos Estados Unidos, Israel lançou um ataque contra o Irão, ao mesmo tempo que a TV oficial iraniana dava conta de informações sobre "fortes explosões" na província de Isfahan (centro).
O Irão ativou a defesa aérea em várias províncias, na sequência das informações sobre pelo menos uma explosão no centro do país, avançou a agência de notícias estatal iraniana IRNA.
As autoridades iranianas suspenderam todos os voos comerciais a partir e com destino a vários aeroportos, incluindo Teerão, disse a agência Mehr, citando as autoridades aeroportuárias.
Bom dia! Iniciamos aqui um acompanhamento AO MINUTO das tensões vividas no Médio Oriente, depois de Israel lançar um ataque contra o Irão na madrugada desta sexta-feira.
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