"Ordem deve prevalecer". Biden quebra silêncio sobre protestos em campus
O presidente dos Estados Unidos esclareceu também que não apoiava os apelos para o envio da Guarda Nacional aos estados e que os protestos universitários não o levaram a reconsiderar a sua abordagem à guerra em Gaza.
© Drew Angerer/Getty Images
Mundo EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quebrou o silêncio, esta quinta-feira, defendendo o direito de protestar, mas insistindo que "a ordem deve prevalecer", numa altura em que os campus universitários de todo o país enfrentam distúrbios devido a protestos contra a guerra em Gaza.
Tentando traçar uma linha entre protestos pacíficos e manifestações violentas, Biden reconheceu que os manifestantes têm o direito de tentar que as suas vozes sejam ouvidas, mas criticou os casos de invasão e vandalismo que ocorreram.
"A dissidência é essencial para a democracia. Mas a dissidência nunca deve levar à desordem", afirmou Biden, numa conferência de imprensa na Casa Branca, citada pela Associated Press.
E continuou: "Protestos violentos não são protegidos. Protestos pacíficos são. É contra a lei quando ocorre violência. Destruir propriedade não é um protesto pacífico, é contra a lei. Violência, invasão de propriedade, partir janelas, fechar campus, forçar o cancelamento de aulas– nada disso é um protesto pacífico".
Biden esclareceu também que não apoiava os apelos para o envio da Guarda Nacional aos estados e que os protestos não o levaram a reconsiderar a sua abordagem à guerra.
As tensões têm vindo a aumentar há dias, à medida que os manifestantes se recusam a retirar os acampamentos do campus universitários pelos EUA e os administradores recorrem à polícia para os limpar à força, levando a confrontos que têm atraído a atenção dos políticos e dos meios de comunicação social.
Numa altura em que vários congressistas republicanos criticavam o silêncio de Biden sobre o tema, o Presidente lembrou que não quer usar os confrontos nas universidades no palco das eleições presidenciais de novembro próximo. "Este não é um momento para política, é um momento para clareza", esclareceu Biden.
O último comentário público anterior de Biden sobre o tema tinha ocorrido há mais de uma semana, quando condenou os "protestos antissemitas" e "aqueles que não entendem o que está a acontecer com os palestinianos".
Biden fará uma visita a um 'campus' universitário em 19 de maio, quando deverá fazer o discurso de formatura na Universidade Morehouse, em Atlanta.
[Notícia atualizada às 20h55]
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