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Confrontos entre milícias líbias apesar de acordo para saírem de Tripoli

Confrontos entre milícias eclodiram na quinta-feira à noite na capital da Líbia, apesar de um acordo com o Governo de Unidade Nacional (GUN) para que os grupos armados abandonassem Tripoli no fim do Ramadão.

Confrontos entre milícias líbias apesar de acordo para saírem de Tripoli
Notícias ao Minuto

10:28 - 12/04/24 por Lusa

Mundo GUN

Os confrontos opuseram as Forças Especiais de Dissuasão (Rada) e o Aparelho de Apoio à Estabilidade (SSA).

O som dos tiros e a mobilização militar provocaram o pânico entre a população, que está a viver os dias festivos do Aid al-Fitr (fim do jejum).

A calma foi restabelecida ao fim da noite com a retirada das milícias, sem que tenham sido registadas quaisquer baixas, noticiou a agência espanhola EFE.

No final de fevereiro, o ministro do Interior do GUN, Imed Trabelsi, anunciou a expulsão dos grupos armados, que atuam como agentes de segurança, do centro de Tripoli.

A decisão seguiu-se a um incidente violento ocorrido em 17 de fevereiro, em que foram mortas 10 pessoas, incluindo membros da SSA, na zona de Abu Salim, controlada por esta fação.

O prazo era terça-feira, fim do Ramadão, que deu lugar a três feriados públicos para comemorar o fim do jejum.

Várias milícias e formações ligadas ao GUN operam como forças de segurança na parte ocidental do país dividido e têm-se envolvido em confrontos esporádicos pelo controlo e influência territoriais.

O GUN decidiu retirar os grupos armados do centro da capital, principalmente Rada, SSA, Força de Segurança Geral, Brigada 444 e Brigada 111, e transferir o controlo para a Direção de Segurança de Tripoli.

Após a revolução de fevereiro de 2011, a luta contra Muammar Kadhafi e a deriva bélica da Líbia, com a intervenção da NATO, levaram à formação de uma multiplicidade de grupos armados.

Posteriormente integrados no Estado, estes grupos recrutam jovens desempregados, apesar de vários serem acusadas de violações dos direitos humanos, como demonstrou o relatório de 2023 da Missão de Averiguação Independente da ONU.

A missão da ONU na Líbia alertou em numerosas ocasiões para os riscos colocados pelas rivalidades entre os grupos armados que ameaçam a frágil segurança do país do Magrebe, no Norte da África.

Leia Também: Foguetes atingiram a residência do primeiro-ministro Dbeibé na Líbia

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