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Setor petrolífero sudanês precisa de 4,5 mil milhões devido a guerra

O setor petrolífero do Sudão precisa de 5 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros), devido aos danos e perdas na refinaria de Cartum, principal fonte de produtos petrolíferos do país, na guerra iniciada em abril passado.

Setor petrolífero sudanês precisa de 4,5 mil milhões devido a guerra
Notícias ao Minuto

20:34 - 06/03/24 por Lusa

Mundo Sudão

O valor da reforma que necessita de ser imprimida foi destacada hoje à imprensa pelo ministro da Energia e do Petróleo sudanês, Mohi Edin Said, na cidade de Um Durman.

Segundo o governante, "a sabotagem que o setor petrolífero sofreu implica um gasto de 5 mil milhões de dólares para ser reformado".

A guerra entre o exército regular e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) provocou danos no depósito de petróleo bruto da refinaria de Cartum, "o que causou a perda de 210 mil barris e a destruição de tanques de gasolina e gasóleo que estavam cheios de derivados de petróleo", detalhou.

Edin Said acrescentou que os danos provocados pelo conflito interno atingiram igualmente os armazéns das empresas de distribuição em torno da refinaria, o que levou à perda de "quantidades valiosas de produtos petrolíferos".

O ministro salientou que a refinaria de Cartum está situada numa zona particularmente afetada pela guerra e é uma instalação "altamente sensível" numa região de "alto risco", porque é apanhada no fogo cruzado.

O governante disse ainda que os trabalhos na refinaria foram suspensos devido à redução da extração de petróleo no país em virtude dos problemas de segurança, da destruição de depósitos e de centros de controlo.

A previsão do ministro é que a refinaria de Cartum volte a laborar normalmente "em breve", uma vez que o seu Ministério está a trabalhar nesse sentido, depois de ter sublinhado que é necessário fornecer combustível ao país e satisfazer as necessidades dos cidadãos.

A refinaria de Cartum, com uma capacidade de produção de 100 mil barris por dia, é a principal fonte de derivados de petróleo, fornecendo 40 a 45% das necessidades de combustível do país, enquanto o resto depende das importações, atualmente a única fonte de energia.

O conflito armado no Sudão completará um ano em 15 de abril e, desde o seu início, já matou cerca de 13.900 pessoas e provocou a fuga de 8,1 milhões das suas zonas de residência.

O conflito foi desencadeado por tensões sobre a reforma do exército e a integração de paramilitares nas forças regulares, em pleno processo político para colocar o país numa via democrática após o golpe de Estado de 2021.

Leia Também: Conflito no Sudão arrisca tornar-se a maior crise alimentar do mundo

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