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Chegada ilegal de crianças cria crise política nos EUA

O recente afluxo de crianças chegadas ilegalmente aos EUA, provenientes da América Central, está a provocar uma importante crise e a assumir contornos políticos.

Chegada ilegal de crianças cria crise política nos EUA
Notícias ao Minuto

07:22 - 03/07/14 por Lusa

Mundo América Central

As crianças estarão "em condições terríveis, sem cama e a dormir no chão", disse à AFP Domingo Gonzalo, membro da associação Campanha Fronteiriça, que opera a partir de Brownsville, no sul do Estado do Texas, onde está um centro de detenção.

Mais de 52 mil menores, dos quais os mais novos têm três anos, foram detidos desde outubro por terem atravessado a fronteira de forma ilegal, com a esperança de conseguirem uma autorização de residência, uma vez entrados no país.

Apesar dos esforços da Presidência norte-americana para os dissuadir de fazerem a viagem, insistindo que acabariam por ser expulsos, centenas de crianças continuam a chegar diariamente aos EUA através da fronteira com o México.

O processo para expulsar uma criança chegada de forma ilegal e sem familiar a acompanhá-la é longo e complicado, pelo que muitos apostam em que acabarão por ficar nos EUA.

Nos Estados do Texas e do Arizona, no sul e sudoeste dos EUA, epicentro da crise, os centros de detenção e as bases militares estão saturados, disse à AFP, sob anonimato, uma fonte dos serviços de fronteira.

Os menores estão concentrados naqueles locais, à espera que as autoridades iniciem o processo para os devolver para os seus países e facultar-lhes entretanto uma estrutura de acolhimento mais durável.

Os fluxos de crianças que passam a fronteira de forma ilegal intensificaram-se nos últimos meses, na perspetiva da reforma migratória desejada pelo Presidente Barack Obama.

O projeto-lei prevê, em particular, o acesso mais fácil à nacionalidade para as crianças indocumentadas, em troca de um reforço do controlo da fronteira com o México.

O texto, porém, está congelado na Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos, e Obama anunciou na segunda-feira que ia agir através de decretos, para tentar superar a crise.

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