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Frans Timmermans assume candidatura nas eleições nos Países Baixos

O vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans disse hoje que quer liderar uma coligação de dois partidos de centro-esquerda que se uniram antes das eleições parlamentares antecipadas nos Países Baixos, marcadas para novembro.

Frans Timmermans assume candidatura nas eleições nos Países Baixos
Notícias ao Minuto

16:14 - 20/07/23 por Lusa

Mundo Frans Timmermans

Timmermans disse à emissora nacional neerlandesa que se apresentou como candidato para liderar a coligação eleitoral do Partido Trabalhista, de que é membro, e da Esquerda Verde, partidos que concordaram na segunda-feira juntar esforços no fragmentado cenário político dos Países Baixos.

"Acho que é hora de nós, nos Países Baixos, nos aproximarmos novamente, em vez de nos separarmos. A fragmentação na política deve ser combatida", afirmou o ex-ministro das Negócios Estrangeiros.

"Temos enormes desafios - a crise climática, a natureza não está em bom estado. Mas temos também uma guerra nas fronteiras da Europa", adiantou Timmermans.

A sua candidatura rapidamente começou a ganhar apoio. Attje Kuiken, que lidera o bloco do Partido Trabalhista na câmara baixa do parlamento, escreveu no Twitter que eram "notícias fantásticas!"

O líder da Esquerda Verde, Jesse Klaver, afirmou também no Twitter: "Temos uma oportunida única nestas eleições de mudar o curso nos Países Baixos e inaugurar uma nova era. Frans Timmermans é absolutamente o primeiro-ministro perfeito para fazer isso."

Membros de ambos os partidos votarão na escolha do seu líder no próximo mês e os resultados serão divulgados em 22 de agosto.

Timmermans disse que também quer erradicar as desigualdades na sociedade holandesa.

"Só podemos resolver tudo isto se trabalharmos lado a lado e se estivermos menos divididos do que nos últimos anos", defendeu.

Nenhum outro candidato para liderar o bloco de centro-esquerda assumiu ainda qualquer candidatura.

As eleições antecipadas foram convocadas no início deste mês, quando o primeiro-ministro há mais tempo no cargo, Mark Rutte, e sua coligação de quatro partidos renunciaram após não alcançarem um acordo sobre controlo da migração e política de asilo.

A coligação tentava há meses chegar a um acordo para reduzir o fluxo de novos imigrantes que chegam ao país de quase 18 milhões de habitantes.

A situação extremou-se após Rutte colocar na mesa um limite de 200 familiares de refugiados reunidos por mês e um período de espera de dois anos antes de poderem viajar para os Países Baixos.

Esta proposta foi considerada inviável pelo progressista D66, mas sobretudo pela União Cristã, um parceiro para quem o respeito pela família é uma "linha vermelha".

As propostas incluíam a criação de duas classes de asilo -- uma temporária para pessoas que fogem de conflitos e uma permanente para pessoas que tentam escapar da perseguição -- e a redução do número de familiares que podem juntar-se aos requerentes de asilo nos Países Baixos.

Rutte, que liderou quatro governos de coligação, anunciou após a demissão que deixará a política depois de ser empossada uma nova formação saída das eleições de 22 de novembro.

As negociações para chegar a uma nova coligação podem demorar meses.

Nas eleições anteriores, o voto de centro-esquerda dividiu-se entre os dois partidos e o Partido Socialista, mais à esquerda, o que ajudou a inaugurar coligações de centro-direita ou conservadoras lideradas por Mark Rutte.

A Câmara dos Representantes é atualmente composta por legisladores de 20 partidos, refletindo as divisões na política e na sociedade dos Países Baixos.

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