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Qatar assina acordo com Alemanha para fornecer gás durante 15 anos

O governo alemão estava à procura de alternativas para substituir o grande fosso energético deixado pelo corte de fornecimento da Rússia.

Qatar assina acordo com Alemanha para fornecer gás durante 15 anos
Notícias ao Minuto

11:28 - 29/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Gás natural

A Alemanha parece ter encontrado mais um substituto para o gás natural que, antes, era fornecido pela Rússia, com a Associated Press a avançar que o país chegou a acordo com o Qatar para receber gás natural a partir de 2026.

Segundo a agência de notícias norte-americano, o acordo, cujo valor ainda é desconhecido, prevê o fornecimento durante 15 anos e uma entrega de 2 milhões de toneladas de gás natural através do terminal de Brunsbüttel, que está a ser construído no norte da Alemanha, perto de Hamburgo.

Acrescenta a Associated Press que o acordo envolverá a Qatar Energy, a empresa estatal qatari, e a ConocoPhillips, uma multinacional norte-americana e maior exploradora de crude do mundo, que tem ainda direitos de exploração numa parte dos reservatórios no Golfo Pérsico - zona que o Qatar partilha com o Irão.

Antes deste acordo, o chanceler alemão, Olaf Schulz, já conseguira chegar a acordo com os Emirados Árabes Unidos, para que o regime de Abu Dhabi fornecesse gás natural liquefeito, durante uma visita pelos países do Golfo

De recordar que, em agosto, a Rússia cortou todo o fornecimento de gás natural para a Alemanha, em resposta às sanções impostas à economia russa devido à invasão na Ucrânia. Desde então, os estragos causados nos gasodutos Nord Stream (que ainda estão a ser investigados) criaram ainda mais constrangimentos aos países do centro da Europa que estavam muito dependentes do gás russo.

O corte no fornecimento de gás russo provocou um rápido aumento dos preços de energia em todo o mundo, mas a Alemanha foi particularmente afetada, dada a grande dependência que tinha para aquecer as casas da população durante o inverno.

O governo alemão, que é composto por uma coligação do qual faz parte um partido ambientalista, viu-se obrigado a reativar centrais a carvão e a petróleo, além de estender o período de vida de três centrais nucleares (cujo fecho estava planeado para este ano), de modo a colmatar o 'buraco' deixado pelo fechar da torneira russa.

Leia Também: Proposta de teto na bolsa europeia de gás "não serve" a Portugal

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