Confirmada libertação de inspetores militares na Ucrânia
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) confirmou que grupos separatistas pró-russos libertaram os inspetores militares retidos desde 25 de abril no leste da Ucrânia.
© Lusa
Mundo OSCE
"Os observadores militares foram libertados, mas não vamos fazer comentários até que cheguem a um lugar seguro", disse a porta-voz da OSCE Natacha Rajakovic, citada pela agência de notícias espanhola EFE.
O enviado da Rússia à Ucrânia, Vladimir Lukin, anunciou hoje a libertação dos inspetores militares da OSCE, que estavam retidos por grupos pró-russos em Slaviansk, adiantando tratar-se de 12 pessoas.
Segundo a imprensa local, Vladimir Lukin falava junto ao edifício da câmara de Slaviansk.
"Foi um ato voluntário e humanitário. Estamos muito agradecidos ao chefe da cidade", disse Lukin, numa alusão ao autoproclamado alcaide de Slaviansk, Viacheslav Ponomariov.
Lukin manifestou esperança que a libertação seja o primeiro passo para a pacificação da zona.
"Gostaríamos que este fosse seguido por outros atos humanitários, em particular, o fim dos confrontos e que as partes se sentem à mesa das negociações", destacou.
Os grupos pró-russos acusam os inspetores (três alemães, um polaco, um dinamarquês e um checo, além de um intérprete alemão) de espiar para a NATO, o que foi desmentido pela OSCE, que recordou que os inspetores estão na Ucrânia a convite de Kiev.
A missão, que viajava de autocarro, foi intercetada junto aos acessos a Slaviansk no dia 25 de abril.
Na semana passada, o Presidente Vladmir Putin criticou os inspetores militares por não terem coordenado a sua chegada à região de Donetsk com os rebeldes pró-russos, que controlam vários edifícios governamentais na região.
Os grupos pró-russos tinham já libertado um dos inspetores, o sueco Thomas Johansson, por motivos de saúde e por o seu país não ser membro da NATO.
O Ocidente apelou à Rússia para exercer a sua influência sobre as milícias para que libertassem os sequestrados, ao que Moscovo respondeu dizendo que o seu ascendente sobre os rebeldes é menor do que se crê.
A OSCE tem na Ucrânia outra missão especial de observação civil, com cerca de 140 especialistas distribuídos por todo o território e cuja presença é apoiada pelos 57 Estados que formam a organização, incluindo a Rússia.
Segundo as autoridades, os milicianos pró-russos mantém sequestrados em Slaviansk vários militares ucranianos e vários jornalistas.
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